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A Mulher de Bath: Maitê Proença vive uma viúva medieval libertária

De em março 13, 2018

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Com esta peça, atriz está comemorando 40 anos de carreira e 60 de vida

Uma mulher que ama a liberdade, uma sonhadora, desbocada e acima de tudo bem humorada. Maitê Proença não poderia ter escolhido personagem mais adequado para comemorar os 40 anos de carreira e seus 60 de vida. A atriz acaba de reestrear no Teatro FAAP, depois da temporada no SESC Bom Retiro, o espetáculo A Mulher de Bath, de autoria daquele que é considerado o fundador da língua inglesa, o escritor Geofrey Chaucer.
Com tradução de José Francisco Botelho, direção de Amir Haddad e adaptação da própria Maitê, o texto faz parte dos Contos da Cantuária, publicados por Chaucer em 1475 e que revela o universo de Alice, uma viúva de cinco maridos e que está em busca de novo amor. Esta mulher inglesa e medieval está à beira de uma estrada e conta suas aventuras amorosas, sua relação com os homens, com o sexo, suas traições, mas principalmente fala de seu modo libertário de encarar a vida. Alice parece até mais avançada do que a mulher do século XXI.

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Maitê interpreta uma inglesa da Idade Média que ama a liberdade

No palco de grandes dimensões do Teatro FAAP, Maitê entra em cena enquanto o público ainda se acomoda na sala. Com um sinal sutil, ela avisa a equipe e começa a se preparar, com alongamentos e exercícios de voz. O ator e músico Alessandro Persan divide o palco com ela e ambos dão os ajustes finais ao cenário e objetos cênicos. E antes de incorporar a personagem, Maitê conversa com a plateia contando sobre o autor e como este texto escrito há tanto tempo é contemporâneo e contribui para a discussão sobre gêneros e a luta da mulher na conquista de seus direitos. Depois deste contato direto com os espectadores, a atriz vira-se e em seguida começa o poético relato de Alice, sobre as suas aventuras e desventuras amorosas.

“O texto, de interesse universal, trata dos jogos e artimanhas do amor, das guerras infernais do casamento, do sexo e suas armadilhas, da necessidade da soberania feminina e seu pleito por liberdade. Alice parece uma mulher de agora, só que ainda mais livre, mais corajosa e mais bem humorada”, argumenta Maitê Proença, responsável pela adaptação do texto e produção do espetáculo.

De forma direta, sincera e seguindo uma cronologia, Alice fala de todos os cinco casamentos, de como se portou com cada um dos ex-maridos, além de relatar suas traições e seus manejos com os homens, com as tradições e a ordem estabelecida de então. Em alguns momentos a atriz quebra a quarta parede novamente e volta a falar com o público. Depois da história da viúva, Maitê explica que resolveu introduzir uma fábula que complementa o ideário de liberdade do texto de Chaucer. A atriz sai de cena e Alessandro (que executa a trilha ao vivo) desmonta o cenário e introduz a nova personagem, dançando com ela.
Em pouco mais de uma hora, o espetáculo enleva os espectadores, com histórias encantadoras. A direção de Haddad deixa Maitê à vontade em cena, que, com o belo figurino de Angèle Fores, demonstra pleno domínio cênico e emociona a todos com seu jogo dramático envolvente.

 

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Atriz é dirigida por Amir Haddad

Roteiro:
A Mulher de Bath. Texto: Geoffrey Chaucer. Tradução: José Francisco Botelho. Adaptação: Maitê Proença. Direção: Amir Haddad. Elenco: Maitê Proença (participação do ator e músico: Alessandro Persan). Cenário: Luiz Henrique Sá. Figurino: Angèle Froes. Adereços: Marcilio Barroco. Iluminação: Vilmar Olos. Trilha sonora: Alessandro Persan. Fotografia: Daniel Chiacos e Matheus José Maria. Produção: Flandia Mattar e Rosangela Longhi . Realização: M. Proença Produções Artísticas Ltda.
Serviço:
Teatro FAAP (486 lugares), Rua Alagoas, 903, tel.11 3662.7233. Horários: sexta e sábado às 21h e domingo às 18h. Ingressos: R$ 70. Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 20h; domingo das 14h às 17h. Vendas: www.teatrofaap.com.br. Duração: 60 min. Classificação: 16 anos. Estacionamento conveniado, Portão G7. Temporada: até 01 de Abril.


2 Comentários

Nanete Neves

março 15, 2018 @ 10:30

Resposta

Agora fiquei com vontade ver!

Maurício Mellone

março 15, 2018 @ 12:34

Resposta

Nanete, querida:
faça um esforço e não perca esta peça.
Além de um texto de 1475 que se mostra atual,
Maitê está plena em cena! Imperdível!
Bjs e obrigado pela presença constante por aqui

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