Anunciados os premiados do Festival MixBrasil de Cultura da Diversidade

De em novembro 16, 2012

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A 20ª edição do Festival MixBrasil de Cultura da Diversidade só termina no domingo, com atrações musicais, literárias e de teatro, mas ontem os diretores André Fischer e João Federici anunciaram os filmes vencedores deste ano.
Tanto o júri como o público distribuíram os prêmios para diversas produções, muito em função do alto nível dos filmes apresentados desta vez. 

Poeta Cego- curta nacional

O curta brasileiro Poeta Cego recebeu o prêmio Coelho de Ouro

O júri foi composto por diretores de programação de vários festivais internacionais; são eles Diego Trerotola, programador de festivais na Argentina, Francisco Cesar Filho, diretor do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, Lene Thomsen Andino, programadora do Festival MIX nos EUA, João Ferreira, diretor do Festival de Cinema Queer de Lisboa e o chileno Rodrigo Piaggio, diretor do Festival CineDiversidad de Valparaíso. Eles concederam o troféu Coelho de Prata para os melhores nas seguintes categorias:

Direção de arte: Fernanda Brenner (Vestido de Laerte)
Roteiro: Fernanda Teixeira (Uma, Duas Semanas)
Fotografia: Matheus Rocha (Quem Tem Medo de Cris Negão)
Interpretação: Gabriel Carmona (Chapô)
Direção: Claudia Priscilla e Pedro Marques (Vestido de Laerte)
Melhor Curta- Coelho de Ouro: Poeta Cego de Gustavo Vinagre

Mia, do diretor argentino Javier Van de Couter

Mia, do argentino Javier Van de Couter, foi o escolhido pelo público como melhor filme estrangeiro

Já na votação popular, os melhores de cada categoria foram:
Curta Estrangeiro: Down Here de Diogo Costa Amarante
Curta nacional: Leve-me para Sair de Zé Agripino
Documentário: Vito de Jeffrey Schwartz
Longa estrangeiro: Mia de Javier Van de Couter

Outra premiação de muito valor para quem produz cinema no Brasil é o Prêmio Canal Brasil: o vencedor, além de receber 15 mil reais, fica qualificado a concorrer ao Grande Prêmio Curta Brasil (prêmio de 50 mil reais). Este ano o ganhador foi Quem tem Medo de Cris Negão, do diretor René Guerra.
Impossível assistir a todos os filmes do Festival, já que foram apresentados mais de 140 estrangeiros e 52 curtas nacionais. Mas o mais importante mesmo foi ter tido a chance de conhecer, por meio das produções cinematográficas, as mais diversas culturas de inúmeros países. E, principalmente, saber como a questão da diversidade sexual é encarada nestes locais. Por isto que me chocou profundamente dois filmes, exatamente pela dificuldade enfrentada pela comunidade LGBT destes países em viverem com liberdade e dignidade. No documentário Meu Nome é Kuchu fica claro que a homofobia em Uganda é abertamente defendida por grande parte da população, tanto que a luta maior de David Kato é para impedir que seja votado um projeto de lei que ameaça tornar a homossexualidade punível de morte. Durante esta batalha pelos DIREITOS IGUAIS, o líder foi brutalmente assassinado. E isto ocorreu não em décadas passadas, mas em 2011, para espanto geral!

Quem tem medo de Cris Negão- curta nacional

O curta nacional ‘Quem tem medo de Cris Negão’ recebeu o Prêmio Canal Brasil

Outra produção chocante é Parada, do diretor Srdjan Dragojevic: em Belgrado, na Sérvia, organizar um evento cívico, como a parada de orgulho gay, é até hoje um ato que provoca batalhas campais degradantes. Saí da sala de exibição muito impressionado com tamanha agressão e intolerância!

Marcelino Freire-escritor

O escritor Marcelino Freire comanda a Balada Literária no CCSP nesta sexta

Mas se os filmes só poderão ser assistidos agora no Rio (a mostra acontece de 22 de novembro a 1º de dezembro), até domingo há inúmeras atrações que podem ser acompanhadas. Hoje, por exemplo, acontece a Balada Literária, no CCSP, a partir das 19h. O escritor Marcelino Freire vai conversar com o escritor colombiano Alonso Baute Sanchez sobre a homossexualidade entre os guerrilheiros da facção Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Continuam em cartaz até domingo, no CCSP, as peças Sob a Luz do Lampião da Esquina, Xeque Mate e Não Conte a Ninguém. E a peça Três Cores Primárias será lida no domingo, dentro do projeto Leituras Dramáticas.

(acompanhe a programação no site http://www.mixbrasil.org.br/#&panel1-1).
Fotos: divulgação

 


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