Copacabana: Isabelle Huppert dá vida a personagem encantador

De em outubro 17, 2011

Isabelle Huppert é a envolvente e libertária Babou

Numa magnífica composição de personagem, Isabelle Huppert em Copacabana, do diretor Marc Fitoussi, vive a libertária Babou, uma mulher que odeia convenções sociais, nunca se casou e muito menos teve emprego fixo; com a filha Esmeralda (Lolita Chammah) correu o mundo com a intenção de proporcionar à garota uma visão ampla do mundo, da vida.
No entanto, não fugindo à regra, Babou e Esmeralda vivem o eterno conflito de gerações. Além de estudar, Esmeralda trabalha numa lanchonete como garçonete, o que deixa Babou inconformada. Outra desavença entre elas é o namoro de Esmeralda com Justin (Joachim Lombard), um rapaz mais velho e de família de posses. Babou também adora dançar e é fascinada pelas canções brasileiras, em especial a bossa nova e samba, que estão presentes por todo o filme.
Mesmo com as diferenças, mãe e filha conviviam bem, até o dia em que Esmeralda comunica que irá se casar. Até aí, nada de tão anormal. Mas numa conversa franca, a garota confessa que tem vergonha da mãe e, pior, disse aos futuros sogros que Babou estava de viagem e não viria para o casamento.
Rejeição maior não poderia haver. Babou entra em crise, mas resolve provar à filha que é capaz de ter um trabalho bem remunerado, para que ela não se envergonhe mais dela. Para isso, candidata-se a um emprego na Bélgica, a mais de 100 km de onde mora na França, no ramo imobiliário. Ela precisa vender apartamentos no litoral em pleno inverno.
Tudo parece concorrer para o fracasso, mas graças ao jogo de cintura e sua perspicácia, Babou se supera. Depois de se instalar num apartamento que dividirá com uma senhora ranzinza, ela conhece umas pessoas no restaurante, que irão ajudá-la. Com sorte e seguindo as dicas desses novos amigos (moradores do local), Babou não só é bem sucedida como vira funcionária modelo! Ela sofre outra reviravolta na vida, mas dessa vez o destino lhe sorri.

Esmeralda (Lolita Chammah) e Babou: da rejeição à reconciliação

Um personagem que a princípio poderia ser depressivo e triste, nas mãos de Isabelle Huppert vira uma mulher encantadora e admirável. As cenas entre mãe e filha são emocionantes: Babou mesmo tão diferente da filha, tem um amor incondicional por ela e isso fica evidente só pelo olhar penetrante e envolvente de Huppert. A trilha sonora só com canções brasileiras contribui ainda mais para a empatia do público com a obra e com a encantadora Babou.

Fotos: divulgação


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