Fábula chinesa encanta crianças e adultos

De em julho 11, 2011

Biliri e o Pote Vazio, fábula chinesa adaptada para o século XXI

Nesse espaço faço indicações de espetáculos voltados aos adultos. No entanto, para aproveitar as férias escolares de meio de ano, não posso deixar de ressaltar uma peça infantil que acaba de estrear no CCBB-SP e que agrada tanto a garotada como seus pais.
Em Biliri e o Pote Vazio Ricardo Karman fez uma adaptação da milenar fábula chinesa Pote Vazio, com ensinamentos de honestidade, perseverança e amor à natureza, e trouxe a história para o século XXI. Usando de tecnologia avançada, recursos cênicos e a interpretação no palco, a peça brinca com a imagem e sua dimensão. Segundo Karman, responsável também pela direção e concepção geral do espetáculo, “a integração das sombras chinesas, a animação computadorizada e os atores resulta em sombras tridimensionais que contracenam com suas parceiras bidimensionais, no palco, o preto e branco da tela com o colorido dos objetos em cena. Preservando a simplicidade da história original, a narrativa flui, mesmo com o uso das diferentes mídias”.
Logo na primeira cena as crianças se envolvem com a trama: um carteiro entra pela lateral da plateia com uma caixa endereçada a um garoto; ao chamar o destinatário, o menino se apresenta e é convidado a abrir a caixa no palco. O presente é uma semente que dá início à fábula. Sem herdeiros, o imperador de um país devastado pela guerra (vivido por Gustavo Vaz) lança um desafio às crianças. Distribui sementes de flores e quem trouxer a mais linda das flores será coroado seu sucessor. Biliri (Paula Arruda), um garoto que adora flores, pega sua semente e cuida com a maior dedicação; porém, passado o tempo estipulado pelo imperador, Biliri continua com seu vaso vazio, sua semente não germinou. Desapontado, ele confessa a verdade ao Imperador, que ouve o relato sincero e dá seu veredito, surpreendendo a todos.
Com uma produção cuidadosa da Kompanhia do Centro da Terra, Biliri e o Pote Vazio conta com a sensibilidade do cenógrafo José de Anchieta e a criatividade de Amir Admoni, responsável pela animação e sombras. As crianças se surpreendem tanto com o final da fábula como com o cenário, que ganha a plateia ao final. Sem dúvida, uma atração que diverte as crianças e agrada os adultos.

Foto: Sérgio Marreiro


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