Um ano novo de alegria a todos

Se o ano que termina pudesse ser resumido por um único adjetivo, bem que poderia ser intenso. Em todos os sentidos: o mundo político brasileiro foi marcado por intensas e tumultuadas atitudes, com troca de mandatários devido a impedimento, novos rumos para a economia (onda de recessão e carestia permanece) e eleições com grandes surpresas, aqui e no mundo, vide o resultado nos EUA com a vitória de um bilionário de ideias conservadoras.
Se a política e a economia não trouxeram grandes alegrias para a vida dos brasileiros, a cultura, sempre menosprezada pelos dirigentes, deu sinais de vitalidade. Talvez até em virtude da crise, a produção cultural brasileira conseguiu refletir sobre os anseios da população e contribuiu, em muito, para a reflexão e discussão da nossa realidade.
Particularmente, o Favo do Mellone esteve atuante e pode trazer dicas e recomendações da rica produção cultural apresentada neste ano. Das resenhas postadas aqui, 56% foram de peças teatrais, 32% de filmes nacionais e estrangeiros e o restante dividido entre exposições, literatura, música e dança.

Denise Weinberg em ‘O Testamento de Maria’

O primeiro espetáculo que indiquei neste ano foi O Testamento de Maria, peça inédita no Brasil do dramaturgo irlandês Colm Tóibín, sob direção de Ron Daniels e com a brilhante interpretação de Denise Weinberg, que venceu o prêmio APCA/16 de melhor atriz. Mas foram mais de 45 resenhas dedicadas ao teatro — muitas peças premiadas como Playground, Amarelo Distante, Fluxorama, Cachorro enterrado vivo, O Homem elefante e Sinthia. No cinema, além de filmes nacionais também premiados (Boi Neon, Aquarius, Meu amigo hindu, O filho eterno e Elis), destaquei produções estrangeiras, como Carol, Brooklin, Chocolate, Elle e É apenas o fim do mundo.

Cartaz do Festival da Cultura da Diversidade

No entanto o grande destaque da área de cinema foi para a cobertura do 24º Festival Mix Brasil da Cultura da Diversidade.

Cartaz da Bienal de São Paulo

Em artes plásticas e em ano de Bienal Internacional de São Paulo, o destaque não poderia ter sido outro a não ser esta grande mostra; mas outros grandes artistas que receberam exposições na cidade também foram destacados no blog, como Pablo Picasso e Antoni Gaudí.

Em literatura, além de lançamentos de obras de autores consagrados como Marcelo Rubens Paiva, o Favo ressaltou autores em início de carreira e abriu espaço para jornalistas/amigos que hoje estão voltados à literatura, como Nanete Neves, Zedu Lima e Leandro Esteves.

Com a cidade bem mais vazia do que o normal e com as produções teatrais em recesso de fim de ano, faço também uma breve parada para voltar com todo o gás em 2017! Que o ano novo seja bem mais leve do que este que está se encerrando e que a produção cultural brasileira venha ainda mais exuberante e enriquecedora! Prometo estar atento e trazer as principais novidades aos meus seguidores.

FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!

Fotos: divulgação