Peça: Lili Marlene-um musical, foto 1

Lili Marlene, um musical: espetáculo de Fause Haten em curta temporada

De em setembro 7, 2018

Peça: Lili Marlene-um musical, foto 1

Fause Haten conta a saga de um ator transformista

Consagrado no mundo da moda, Fause Haten estreou no teatro em 2014 com o monólogo A Feia Lulu (que em agosto último fez uma curta temporada) e agora apresenta novo solo, Lili Marlene, um musical, no Teatro Eva Herz até o fim deste mês, em que assina texto, direção, figurino e cenário.

Com direção musical de André Cortada (que divide a autoria das músicas com Haten), o espetáculo é sobre a saga de Lili, que na meia idade relembra sua história. Neto de Marlene, uma atriz de sucesso de Hollywood dos anos 1930, Lili na infância, na Alemanha, sofria nas mãos do pai violento. Na adolescência foge de casa e, já em Paris, faz sucesso dublando a avó. Aos 30 anos, nos Estados Unidos, Lili abandona a carreira e torna-se religioso; anos depois, já longe do sacerdócio, relembra sua vida.

Peça: Lili Marlene -um musical, foto 2

Haten atua, dirige e assina figurino e cenário

 

O ator, maquiado e com um roupão, recepciona o público na entrada da sala. Ao dar início, ainda na plateia, ele faz uma pequena introdução sobre a história que irá contar e em seguida sobe ao palco (onde já estão os músicos André Cortada, Gabriel Conti e China Cunha), retira o roupão e faz o primeiro número de Marlene, a avó de Lili. É desta forma, entrecortando a história da cantora dos anos 1930 com os momentos cruciais da vida de Lili (com ênfase aos abusos sofridos na infância) que o musical se desenrola.

 

“No palco, narro a vida de um ator transformista e canto suas dores. No final da performance, eu assumo essas dores como persona e as aproximo de todos nós. É quase um antimusical, com muita guitarra pesada, efeitos cênicos desconfortantes e uso de histórias não tão fofas, como os musicais costumam ter. As letras foram criadas por mim, mas o André me ajudou a trazer uma unidade para texto e música”, explica Fause Haten.

 

Plasticamente o espetáculo é impactante (o figurino merece destaque), mas senti falta de uma unidade dramatúrgica que interligasse os personagens e os fatos narrados por meio das canções. O olhar externo (de um diretor) também poderia contribuir para enriquecer a montagem.

 

Peça: Lili Marlene -um musical, foto 3

Ator divide o palco com os músicos André Cortada, Gabriel Conti e China Cunha

 

Roteiro:
Lili Marlene, um musical
. Texto, direção e atuação: Fause Haten; músicos: André Cortada, Gabriel Conti e China Cunha. Consultoria dramatúrgica: Claudia Hamra. Direção musical: André Cortada. Direção de movimento: Luis Ferron. Iluminação: Caetano Vilela. Figurino e cenário: Fause Haten. Fotografia: Caio Galucci. Vídeo: Paulo Cabral. Produção executiva: Anna Abe.
Serviço:
Teatro Eva Herz (168 lugares), Av. Paulista, 2073, Livraria Cultura, tel. 11 3170-4059. Horários: sábado às 21h e domingo às 19h. Ingressos: R$ 70 e R$ 35. Bilheteria: terça a sábado, das 14h às 21h e domingo das 12h às 19h. Venda: www.ingressorapido.com.br. Duração: 80 min. Classificação: 14 anos. Temporada: até 30 de setembro.


Deixe comentário

Deixe uma sugestão

Deixe uma sugestão

Indique um evento

Indique um evento

Para sabermos que você não é um robô, responda a pergunta abaixo: