“Não se pode viver sem amor” estreia nessa sexta

De em maio 4, 2011

Cauã Reymond vive João, um advogado desempregado e desesperado

Chega às salas de exibição de São Paulo, Rio e Minas Gerais nessa sexta, dia 6 de maio o longa de Jorge Durán Não se pode viver sem amor. Como acontece sempre nesse país, o argumento do filme ganhou prêmio de incentivo do Ministério da Cultura em 1999, foi rodado em 2009 e só agora o público pode ter acesso. Dificuldades da cena cinematográfica brasileira.
Diretor de A cor de seu destino/86 e de Proibido proibir /06, Jorge Durán dessa vez dividiu o roteiro com Dani Patarra para contar a história de cinco pessoas às vésperas do Natal: todas vivem momentos cruciais de suas vidas, mas o que as une é a busca do amor.
Na pré-estreia do filme, Durán diz que o filme retrata como o improvável, o desencontro acontecem muito mais na vida das pessoas do que o provável e o determinado. A trama começa com o garoto Gabriel (vivido por Victor Navega Motta, uma verdadeira revelação) e Roseli (Simone Spoladore) decidindo ir ao Rio para procurar o pai do menino que os abandonou anos atrás. Na cidade grande que não conhecem, ambos buscam pistas e nesse encontro e desencontro conhecem o professor Pedro (interpretado por Ângelo Antônio) que no táxi de seu pai Antonio (Rogério Froes) os leva para alguns dos prováveis locais que o pai poderia estar. Nessa peregrinação, cruzam com o João (Cauã Reymond), um advogado desempregado que apaixonado pela dançarina Gilda (Fabíula Nascimento) tenta desesperadamente melhorar de vida para ficar ao lado da amada. Desses encontros inesperados entre os personagens, uma cena resume o filme. Numa conversa íntima e fraterna, Antonio diz ao filho Pedro que nessa vida não se pode viver sem amor.

Pedro (Ângelo Antônio) e Roseli (Simone Spoladore) dançam na chuva

O ingrediente peculiar do enredo é o sobrenatural: o garoto tem visões e com o poder da mente faz milagres, como fazer chover — a cena da chuva em que o menino dança com o professor e Roseli é encantadora —, atear fogo para ser proteger e até ressuscitar.
Mesmo não apresentando o mesmo vigor de suas produções anteriores, Durán discute o laço afetivo entre as pessoas nesse filme, que faz um contraponto ao Amor?, de João Jardim. Se nos depoimentos da produção de Jardim o afeto não é o elemento que une as pessoas, mas são casos amorosos em que a violência sobressai, em Não se pode viver sem amor os personagens estão em busca do afeto; elas rompem barreiras internas e se permitem amar. Curiosidade: Ângelo Antônio e Fabíula Nascimento atuam em ambos os filmes.

Fotos: Divulgação


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