Álamo Facó apresenta o monólogo Talvez somente até sábado

De em fevereiro 28, 2012

Álamo Facó é o protagonista e autor do monólogo Talvez

 

 

 

 

 

 

O público entra no Auditório do SESC Pinheiros e o ator e autor do monólogo Talvez, Álamo Facó, já está em cena: atrás do bar de seu apartamento, Dário escolhe músicas ao acaso e o clima intimista se estabelece. Tendo o computador como única ligação com o mundo, o rapaz que está prestes a completar 30 anos conta que resolveu se trancar no apartamento até a volta da namorada, que viajou. Os dias passam e ele não desiste: desliga o celular, o telefone fixo e a campainha e cria um esquema para armazenar o lixo acumulado, tudo para fazer uma surpresa para a amada. Como ela não volta e até estende a viagem, Dário cria várias possibilidades de saída, diversas situações (algumas inusitadas) para entender o que acontece com sua vida. Talvez seja até a tão propalada crise dos 30!
Como está trancado e isolado do mundo, Dário sente necessidade de mostrar seu apartamento aos espectadores, seus cúmplices; com recursos tecnológicos de som, ele perambula pelo palco (sai de cena) e temos a nítida impressão das reais dimensões do imóvel. Com uma linguagem ágil e tendo o computador como um contraponto (a namorada, interpretada por Tamara Barreto, envia vídeos da viagem), o público é envolvido no drama do personagem e é levado a escolher o final da trama. São as possibilidades propostas pelo autor, as variáveis que o mundo nos apresenta, como o próprio Facó comenta no programa da peça:

 
“A palavra Talvez me veio como a condição existencial do Homem, que deveria empregá-la pra tudo, já que tem que lidar com a constante intromissão do acaso, e nele, apenas a certeza da morte (e essa sem talvezes)”, diz.

 

Com direção de César Augusto — fundador, ator e diretor da Cia dos Atores, do Rio —, Talvez cumpre temporada desde 2008, tendo se apresentado em diversos festivais pelo país, além de passagens por Portugal e Chile. No entanto, o publico paulistano tem somente até sábado, dia 03 de março, para conferir a performance de Facó, que esteve no ano passado ao lado de Marco Nanini e Mariana Lima na premiada Pterodátilos, direção de Felipe Hirsch, e no seriado da Rede Globo Mulher Invisível.

Na pele de Dário, Facó estabelece uma relação de cumplicidade com a plateia

 

Álamo Facó, além de uma interpretação visceral de Dário, mostra-se um autor preocupado em traduzir a problemática afetiva do mundo contemporâneo. Talvez destaca-se ainda pela iluminação sempre criativa de Maneco Quinderé e a direção precisa de César Augusto.

 

Fotos: divulgação


3 Comentários

Marcus Drummond

março 2, 2012 @ 11:57

Resposta

Já vi Talvez várias vezes e até já decorei algumas falas.
A trilha sonora é genial e a direção do César segura e firme mantem o monólgo
em movimento visceral sem lançar a criatividade do ator num asbismo sem volta.
A interpretação de Facó é um transe cuja dinâmica retem a atenção do espectador num plano tempo onírico e audacioso.
Adoro a peça , pena que não dá mais para ir a Ssmpa.
Vida longa para Talvez.

Marcus Drummond

Maurício Mellone

março 5, 2012 @ 15:09

Resposta

Marcus:
Brilhante sua análise sobre o monólogo de Álamo Facó!
Infelizmente a temporada paulistana encerrou neste final de semana;
fico na torcida para que eles consigam no espaço por aqui.
abr e volte sempre visitar o blog, terei o maior prazer em contar com
sua visão precisa sobre os espetáculos!

Maurício Mellone

março 7, 2012 @ 12:06

Resposta

Marcus:
Também gostei muito do espetáculo.
Fico na torcida para que volte a se
apresentar para a plateia paulistana.
O Álamo é de um talento incrível, mesmo!
abr

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