De em janeiro 26, 2011
Montagem do Núcleo Experimental, Cândida, comédia clássica do irlandês Bernard Shaw, está de volta ao Teatro Augusta depois de quatro temporadas na capital e de turnê pelo país. A peça já viajou por 19 cidades, com mais de 200 sessões e um público estimado de 50 mil espectadores; permanece em cartaz até o dia 27 de março.
Sob direção de Zé Henrique de Paula, que também assina figurino e cenografia, Cândida foi escrita em 1895 e discute o casamento, insinuando inclusive um triângulo amoroso. Tudo acontece num único dia, quando o reverendo Morell, interpretado por Sergio Mastropasqua, está à espera de sua esposa Cândida (Bia Seidl) que estava de viagem. Ela chega, mas traz consigo Eugenio Marchbanks (Thiago Carreira), um poeta sensível, de apenas 18 anos. O marido é apaixonado pela esposa e o garoto também se revela um admirador da bela senhora, que por sua vez sente-se atraída por ambos. Todos os elementos já estão dispostos para uma intrincada relação ternária. O pastor tem ideias socialistas e é todo dono de si, até se ver ameaçado pelo amor maternal que Cândida dispensa ao rapaz, que vê o amor bem longe da pacata vida doméstica. Essa filosofia de vida atrai a senhora e aterroriza o pastor.
Com ironia, sarcasmo e irreverência, Shaw provoca embates vigorosos entre os três protagonistas, com participações deliciosas da secretária Prosérpina (Fernanda Maia), do bonachão Burgess (João Bourbonnais), pai de Cândida, e de Lexy (Thiago Ledier), o preguiçoso ajudante do reverendo.
O diretor Zé Henrique de Paula diz que o texto de Shaw é revigorante e, mesmo tendo sido escrito em 1895, comunica-se perfeitamente com a platéia contemporânea: “As pessoas estão interessadas em ir ao teatro para encontrar diversão aliada à inteligência”, diz.
Foto: Bob Sousa
2 Comentários
aline
janeiro 26, 2011 @ 19:56
uhm… foi , digamos, educado… ahahahahahaha
tá bacana.
Maurício Mellone
janeiro 27, 2011 @ 12:32
Aline:
Fiz praticamente uma nota sobre a reestreia da peça.
Sem opinião.
bjs