De Maurício Mellone em junho 11, 2025
Um mix cultural no CRD- Centro de Referência da Dança . Esta é a proposta de ocupação deste espaço dedicado à dança que Mário Goes e sua Cia Paradoxos promovem neste mês. A ator apresenta dois monólogos de seu repertório, Atrium Carceri e O amor que sinto, nesta sexta e sábado e participa da exposição fotográfica PULMON-AR, do fotógrafo Leekyung Kim, em homenagem à bailarina alemã Pina Bausch. O evento conta ainda com a mostra de trechos do novo livro (ainda inédito) de Goes, O corpo como elemento sensorial, também inspirado no universo de Pina Bausch. A exposição permanece em cartaz até 28 de junho.
Com dramaturgia de João Guerreyro e direção de Edhuardo Osório, Mário Goes reencena nesta sexta, dia 13/06, o monólogo Atrium Carceri, em que encarna um jovem padre que vive num mundo de conflitos interiores. Sozinho e com a cabeça repleta de pensamentos antagônicos, ele questiona dogmas católicos ao se lembrar de experiências vividas na infância e na adolescência que lhe proporcionaram prazer carnal. Sem saber como conciliar os ensinamentos religiosos com seus sentimentos mais profundos, o jovem padre vive um misto de emoções contraditórias: raiva, resignação, vingança, culpa, ódio e amor.
No sábado, dia 14/06, a atração é o solo O amor que sinto. Com dramaturgia de Egbert Mesquita e direção de Elias Andreato, o solo é construído a partir de cartas de amor escritas durante cinco anos e jamais entregues à pessoa amada. O personagem vivido por Mário Goes narra uma relação amorosa, sem definir o gênero, e o espectador é conduzido a se colocar em seu lugar, refletindo sobre vários tipos de relacionamento — sólido, frágil, tóxico ou abusivo. Impossível não haver uma identificação entre o público e as situações narradas em cena. Um respiro ao amor passado, com o olhar para os amores presentes.
A exposição PULMON-AR é uma celebração da dança como o ar vital que nos sustenta. Assim como o ar é essencial para a existência, a dança é indispensável para aqueles que vivem e respiram a arte do movimento, as bailarinas e bailarinos, além de coreógrafos e demais artistas envolvidos na criação da dança. A mostra é uma homenagem à renomada bailarina alemã Pina Bausch, que é lembrada não apenas por sua contribuição à dança, mas também por sua luta pessoal contra o câncer de pulmão, uma doença que infelizmente a vitimou. A mostra é um convite para que o público respire e vivencie a dança em sua forma mais pura e inspiradora, reconhecendo sua importância não apenas como arte, mas como uma extensão de nossa própria vida. A mostra é composta de fotografias de Leekyung Kim em que Mário Goes é o modelo e intérprete.
Roteiro:
Atrium Carceri. Texto: João Guerreyro. Direção: Edhuardo Osório. Elenco: Mário Goes. Iluminação: Georgia Ramos. Fotografia: Rachel Persons. Produção: Cia. Paradoxos.
Serviço:
CRD, Pr. Ramos de Azevedo, s/n, Galeria Formosa , embaixo do Viaduto do Chá. Horário: sexta, 13/06, às 19h. Ingresso: gratuito. Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.
O amor que sinto. Texto: Egbert Mesquita. Direção: Elias Andreato. Elenco: Mário Goes. Iluminação: Kleber Montanheiro. Figurinos: Rosângela Ribeiro Trilha sonora: Rafael Thomazini. Fotografia: Rachel Persons. Produção: Cia Paradoxos. Horário: sábado, 14/06, às 19h. Ingresso: gratuito. Duração: 50 min. Classificação: 12 anos.
PULMON-AR. Exposição fotográfica de Leekyung Kim. Modelo/intérprete: Mário Goes. Trechos do livro O corpo como elemento sensorial. Produção e organização: Agnes Bordin e Neila Camargo. Ingresso: gratuito. Classificação: livre. Temporada: até 28/06
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