De Maurício Mellone em fevereiro 27, 2018
No próximo domingo, dia 4 de março, na solenidade de entrega do Oscar/18, o filme de Greta Gerwig, Lady Bird- a hora de voar, concorre a cinco categorias: filme , direção, roteiro original, atriz e atriz coadjuvante. Nada mal para a primeira direção de Gerwig, que também assina o roteiro; a trama é centrada no último ano do ensino médio de Christine McPherson, interpretada por Saoirse Ronan, que insiste em ser chamada de Lady Bird e almeja cursar faculdade longe de Sacramento, na Califórnia, de preferência na costa leste dos Estados Unidos, para desespero de Marion, sua mãe, vivida por Laurie Metcalf — ambas indicadas à estatueta.
Além da difícil relação entre mãe e filha, o filme marca o ritual de passagem para a vida adulta de Christine: o primeiro namoro, a preparação para o curso superior, a primeira experiência sexual, o primeiro emprego, a formatura e as despedidas para começar vida nova na faculdade.
A cena inicial com mãe e filha no carro sintetiza toda a história: elas se emocionam ao ouvir uma gravação antiga e logo que desligam o rádio e começam a conversar, os atritos e discussões se instauram, revelando o clima permanente entre elas. A garota quer estudar artes num local bem longe da Califórnia, na costa leste, especificamente em Nova York; já a mãe tem os pés no chão e deseja que a filha estude na mesma faculdade que ela e faça um curso técnico. Como se percebe desde o início, elas têm visões de mundo completamente opostas e ambas são de temperamentos fortes: o entendimento entre elas é quase impossível!
Mais do que retratar o atrito entre mãe e filha adolescente, o filme é focado no dia a dia de Lady Bird, uma garota de classe média, que aos 17 anos cursa o último ano do colégio e revela suas dúvidas, anseios, limitações,fantasias e desejos. Christine vivencia todas as fases do ritual de passagem para a vida adulta como qualquer garota de sua idade. Daí o grande mérito do filme: toda adolescente se identifica com o mundo de Christine. Se a convivência entre Christine e Marion é como cão e gato, a menina tem um carinho especial por Larry, o pai vivido por Tracy Letts. Ela também mantém uma relação de forte cumplicidade com Julie (Beanie Feldstein), sua melhor amiga: depois de uma discussão e um pequeno afastamento, a reconciliação entre elas emociona!
Roteiro simples e de grande empatia. As duas atrizes também têm chances de serem premiadas com o Oscar.
Fotos: divulgação
4 Comentários
Soraia Nunes Ferreira
fevereiro 27, 2018 @ 17:13
Adorei a resenha e me identifiquei por demais pela trama. Faço questão de assistir este filme com minha filhota. Amei !!!
Maurício Mellone
fevereiro 27, 2018 @ 17:21
Soraia,
lembrei de vc e da história da sua filha
ao assistir ao filme. Tomara q vcs curtam!
Bjs
Dinah Sales de Oliveira
fevereiro 27, 2018 @ 17:08
Maurício,
Vi o trailer noutro dia no cinema e fiquei curiosa pra ver o filme.
Agora, com a sua resenha, cresceu minha vontade de ir conferir a história.
bj,
Dinah
Maurício Mellone
fevereiro 27, 2018 @ 17:22
Dinah,
vc vai curtir: retrata uma garota de 17 anos
com os mesmos anseios de toda menina da sua idade.
Bjs