Como jornalista — tendo atuado em rádio, TV, jornal, revistas e assessoria de imprensa —, a palavra sempre foi minha matéria prima.
No entanto, desde 2000 venho cultivando o plano B, ou seja, mantenho no meu velho PC um arquivo com meus escritos, que na verdade já era um pré-blog. Lá, deixo fluir a imaginação para que a linguagem inclusive ganhe novos contornos.Continue lendo aqui...
Fernanda Machado e Malvino Salvador em Mente Mentira
Depois de apresentações em Curitiba, Manaus e interior paulista, está em cartaz no Teatro Raul Cortez a peça Mente Mentira (A Lie of the Mind) do dramaturgo e roteirista norte-americano Sam Shepard. No elenco Malvino Salvador, Fernanda Machado, Malu Valle, Zecarlos Machado, Augusto Zacchi , Roza Grobman, Keli Freitas e Marcos Martins. Com direção do paranaense Paulo de Moraes, o espetáculo fica em São Paulo até dezembro.
O público desde a primeira cena se vê envolvido no drama do casal Jake e Beth (Malvino e Fernanda). Transtornado e ainda abalado, ele conta ao irmão a cena de ciúme que viveu com a amada e a consequente violência que cometeu com ela. A cena seguinte é num leito hospitalar, onde Beth machucada física e psicologicamente busca se reabilitar. A separação forçada do casal faz com que ambos voltem a conviver com suas famílias, que habitam em ambientes nada saudáveis. Jake é filho de uma mãe superprotetora e viúva de um alcoólatra; já Beth tem um pai ausente e autoritário e uma mãe submissa e deprimida. Para completar esse quadro neurótico, o irmão de Jake nutre uma paixão secreta pela cunhada e o irmão de Beth também é temperamental e violento.
Shepard não dá trégua e mostra todas as feridas da sociedade contemporânea por meio dessas duas famílias norte-americanas. Conflitos, neuroses, ciúme, violência, alcoolismo, desamor. Esse é o caldeirão de emoções que nutre a relação afetiva de Jake e Beth: por mais que tudo concorra para a desunião, no fundo o amor entre ambos é real. O título da peça revela a dubiedade do personagem central: ele ama a esposa mas não deve concretizar esse amor. Jake e Beth se amam e ao mesmo tempo não podem viver um ao lado do outro.
O texto provoca reflexões e o riso das pessoas em algumas cenas é nervoso e constrangedor. Saí do espetáculo bem introspectivo e com um gosto amargo na boca. A sociedade contemporânea está mesmo doente. Há espaço para o amor?
Fico feliz em achar um espaço deste para discussão sobre o teatro. Gostaria muito de ter o texto: Mente Mentira – Sam Shepard, é possível? Não encontrei aqui.
Cintia:
Obrigado pelos elogios; adoro teatro e procuro fazer resenhas
dos espetáculos que me chamam a atenção e chegam aos palcos
paulistanos. Fiz uma resenha sobre Mente Mentira: procure pelas tags (digite
o nome da peça, do autor ou dos atores) ou vá à página 11 (28/ag/2010).
Um abraço e venha sempre!
Cintia:
Não tenho o texto da peça (Mente Mentira);
eu fiz uma resenha da montagem que esteve em São Paulo no ano passado. Segue abaixo:
Depois de apresentações em Curitiba, Manaus e interior paulista, está em cartaz no Teatro Raul Cortez a peça Mente Mentira (A Lie of the Mind) do dramaturgo e roteirista norte-americano Sam Shepard. No elenco Malvino Salvador, Fernanda Machado, Malu Valle, Zecarlos Machado, Augusto Zacchi , Roza Grobman, Keli Freitas e Marcos Martins. Com direção do paranaense Paulo de Moraes, o espetáculo fica em São Paulo até dezembro.
O público desde a primeira cena se vê envolvido no drama do casal Jake e Beth (Malvino e Fernanda). Transtornado e ainda abalado, ele conta ao irmão a cena de ciúme que viveu com a amada e a consequente violência que cometeu com ela. A cena seguinte é num leito hospitalar, onde Beth machucada física e psicologicamente busca se reabilitar. A separação forçada do casal faz com que ambos voltem a conviver com suas famílias, que habitam em ambientes nada saudáveis. Jake é filho de uma mãe superprotetora e viúva de um alcoólatra; já Beth tem um pai ausente e autoritário e uma mãe submissa e deprimida. Para completar esse quadro neurótico, o irmão de Jake nutre uma paixão secreta pela cunhada e o irmão de Beth também é temperamental e violento.
Shepard não dá trégua e mostra todas as feridas da sociedade contemporânea por meio dessas duas famílias norte-americanas. Conflitos, neuroses, ciúme, violência, alcoolismo, desamor. Esse é o caldeirão de emoções que nutre a relação afetiva de Jake e Beth: por mais que tudo concorra para a desunião, no fundo o amor entre ambos é real. O título da peça revela a dubiedade do personagem central: ele ama a esposa mas não deve concretizar esse amor. Jake e Beth se amam e ao mesmo tempo não podem viver um ao lado do outro.
O texto provoca reflexões e o riso das pessoas em algumas cenas é nervoso e constrangedor. Saí do espetáculo bem introspectivo e com um gosto amargo na boca. A sociedade contemporânea está mesmo doente. Há espaço para o amor?
SOU UM IGNORANTE EM TEATRO…APESAR DE APRECIAR MUITO…
ULTIMAMENTE TENHO CONFERIDO ALGUMAS PEÇAS INTERESSANTES E ME APAIXONANDO PELA MÁGICA DO CENÁRIO, DOS ATORES AO VIVO EM CENA…É ALGO…MUITO ADMIRÁVEL…QUERO ALGUM DIA PODER ME APROXIMAR MAIS DESSA ARTE…
BOA…DICA É ASSIM QUE A CULTURA TEATRAL CONSEGUE SOBREVIVER…TENDO PESSOAS…QUE VOLTAM SUA ATENÇÃO A ELA…
BEIJOS
ADRY
Laura, hoje mesmo estive com o Mario Viana que concorda com o gosto amargo que Shepard nos provoca
com Mente Mentira. Não perca, por mais dolorido que seja o tema separações!
bjs
O texto deixa realmente um travo na boca. O elenco manda super bem em cena e aquilo acaba se tornando uma espécie de romeu & julieta dos tempos atuais… até mais doloroso, porque é uma separação em vida.
Mário, querido:
Que delícia receber seu retorno!
Mente Mentira é mesmo aquela peça que provoca muitas reflexões, amargas muitas vezes!
E a separação em vida, como vc bem apontou, é muito dolorosa mesmo!
bjs
Completando…sim, a sociedade está doente. As pessoas veem o amor como uma doença, com medo, ninguém se entrega. O amor virou coisa de filme e até piegas para alguns. Uma relação virou sinonimo de problema, de tirar a liberdade e o sexo se tornou a coisa mais importante… e até serve para matar uma carencia momentanea mas não preenche nada. E o problema é que a maioria acredita que esta sendo feliz assim com esse vazio na alma, livre,leve e solto sem tempo para uma relaçao. Pelo menos não vai sentir a dor de amar, que é mto boa mas assusta os fracos. Existem sim algumas pessoas querendo se entregar mas na maior parte das vezes estão tão carentes que acabam assustando os possiveis candidatos. Eu que adoro me apaixonar, casar e amar fiquei meio assustado com a rasteira que tomei no meu ultimo relacionamento e to indo com muita calma agora, não vou ficar com ninguém que eu não tenha certeza que está nadando na mesma direção. Enquanto isso posso até me divertir mas sinalizando certo para não machucar ninguém!
Rico:
Não deixe de assistir Mente Mentira, mesmo q vc saia “embriagado” e com o mesmo
sabor amargo na boca! Vale pela discussão sobre relações, às vezes muito paranóicas!
Bjs
Parece muito boa, tudo que eu adoro!
casamento, brigas, vai e volta…e bastante amor! rs
vou assistir com cetreza! obrigado pelo toque e ótima crítica!
🙂
13 Comentários
Cintia Quaresma
julho 26, 2011 @ 10:55
Fico feliz em achar um espaço deste para discussão sobre o teatro. Gostaria muito de ter o texto: Mente Mentira – Sam Shepard, é possível? Não encontrei aqui.
Maurício Mellone
julho 26, 2011 @ 11:58
Cintia:
Obrigado pelos elogios; adoro teatro e procuro fazer resenhas
dos espetáculos que me chamam a atenção e chegam aos palcos
paulistanos. Fiz uma resenha sobre Mente Mentira: procure pelas tags (digite
o nome da peça, do autor ou dos atores) ou vá à página 11 (28/ag/2010).
Um abraço e venha sempre!
Cintia Quaresma
agosto 3, 2011 @ 17:46
Maurício,
Tudo bem?
Não estou conseguindo do jeito que você me orientou… Seria possível me enviar por e-mail? Aguardo.
Maurício Mellone
agosto 3, 2011 @ 18:30
Cintia:
Não tenho o texto da peça (Mente Mentira);
eu fiz uma resenha da montagem que esteve em São Paulo no ano passado. Segue abaixo:
Depois de apresentações em Curitiba, Manaus e interior paulista, está em cartaz no Teatro Raul Cortez a peça Mente Mentira (A Lie of the Mind) do dramaturgo e roteirista norte-americano Sam Shepard. No elenco Malvino Salvador, Fernanda Machado, Malu Valle, Zecarlos Machado, Augusto Zacchi , Roza Grobman, Keli Freitas e Marcos Martins. Com direção do paranaense Paulo de Moraes, o espetáculo fica em São Paulo até dezembro.
O público desde a primeira cena se vê envolvido no drama do casal Jake e Beth (Malvino e Fernanda). Transtornado e ainda abalado, ele conta ao irmão a cena de ciúme que viveu com a amada e a consequente violência que cometeu com ela. A cena seguinte é num leito hospitalar, onde Beth machucada física e psicologicamente busca se reabilitar. A separação forçada do casal faz com que ambos voltem a conviver com suas famílias, que habitam em ambientes nada saudáveis. Jake é filho de uma mãe superprotetora e viúva de um alcoólatra; já Beth tem um pai ausente e autoritário e uma mãe submissa e deprimida. Para completar esse quadro neurótico, o irmão de Jake nutre uma paixão secreta pela cunhada e o irmão de Beth também é temperamental e violento.
Shepard não dá trégua e mostra todas as feridas da sociedade contemporânea por meio dessas duas famílias norte-americanas. Conflitos, neuroses, ciúme, violência, alcoolismo, desamor. Esse é o caldeirão de emoções que nutre a relação afetiva de Jake e Beth: por mais que tudo concorra para a desunião, no fundo o amor entre ambos é real. O título da peça revela a dubiedade do personagem central: ele ama a esposa mas não deve concretizar esse amor. Jake e Beth se amam e ao mesmo tempo não podem viver um ao lado do outro.
O texto provoca reflexões e o riso das pessoas em algumas cenas é nervoso e constrangedor. Saí do espetáculo bem introspectivo e com um gosto amargo na boca. A sociedade contemporânea está mesmo doente. Há espaço para o amor?
Adriano
setembro 14, 2010 @ 17:43
SOU UM IGNORANTE EM TEATRO…APESAR DE APRECIAR MUITO…
ULTIMAMENTE TENHO CONFERIDO ALGUMAS PEÇAS INTERESSANTES E ME APAIXONANDO PELA MÁGICA DO CENÁRIO, DOS ATORES AO VIVO EM CENA…É ALGO…MUITO ADMIRÁVEL…QUERO ALGUM DIA PODER ME APROXIMAR MAIS DESSA ARTE…
BOA…DICA É ASSIM QUE A CULTURA TEATRAL CONSEGUE SOBREVIVER…TENDO PESSOAS…QUE VOLTAM SUA ATENÇÃO A ELA…
BEIJOS
ADRY
Maurício Mellone
setembro 14, 2010 @ 19:15
Adriano:
Que bom q vc está começando a apreciar a arte dramática.
Vá fundo, as “viagens” proporcionadas pelos palcos é única!
bjs
Laura Fuentes
agosto 31, 2010 @ 15:49
Opa, só mesmo vendo prá sentir como é esse travo. Separações sempre dóem.
Maurício Mellone
agosto 31, 2010 @ 17:49
Laura, hoje mesmo estive com o Mario Viana que concorda com o gosto amargo que Shepard nos provoca
com Mente Mentira. Não perca, por mais dolorido que seja o tema separações!
bjs
Mario Viana
agosto 29, 2010 @ 13:17
O texto deixa realmente um travo na boca. O elenco manda super bem em cena e aquilo acaba se tornando uma espécie de romeu & julieta dos tempos atuais… até mais doloroso, porque é uma separação em vida.
Maurício Mellone
agosto 30, 2010 @ 16:01
Mário, querido:
Que delícia receber seu retorno!
Mente Mentira é mesmo aquela peça que provoca muitas reflexões, amargas muitas vezes!
E a separação em vida, como vc bem apontou, é muito dolorosa mesmo!
bjs
Rico
agosto 28, 2010 @ 16:13
Completando…sim, a sociedade está doente. As pessoas veem o amor como uma doença, com medo, ninguém se entrega. O amor virou coisa de filme e até piegas para alguns. Uma relação virou sinonimo de problema, de tirar a liberdade e o sexo se tornou a coisa mais importante… e até serve para matar uma carencia momentanea mas não preenche nada. E o problema é que a maioria acredita que esta sendo feliz assim com esse vazio na alma, livre,leve e solto sem tempo para uma relaçao. Pelo menos não vai sentir a dor de amar, que é mto boa mas assusta os fracos. Existem sim algumas pessoas querendo se entregar mas na maior parte das vezes estão tão carentes que acabam assustando os possiveis candidatos. Eu que adoro me apaixonar, casar e amar fiquei meio assustado com a rasteira que tomei no meu ultimo relacionamento e to indo com muita calma agora, não vou ficar com ninguém que eu não tenha certeza que está nadando na mesma direção. Enquanto isso posso até me divertir mas sinalizando certo para não machucar ninguém!
Maurício Mellone
agosto 30, 2010 @ 15:58
Rico:
Não deixe de assistir Mente Mentira, mesmo q vc saia “embriagado” e com o mesmo
sabor amargo na boca! Vale pela discussão sobre relações, às vezes muito paranóicas!
Bjs
Rico
agosto 28, 2010 @ 15:41
Parece muito boa, tudo que eu adoro!
casamento, brigas, vai e volta…e bastante amor! rs
vou assistir com cetreza! obrigado pelo toque e ótima crítica!
🙂