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Merde à L’Amour: uma visão jovem e contemporânea das relações afetivas

De em abril 6, 2015

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Francisco Eldo Mendes, Lara Giordana Lima e Guilherme Sugar Junqueira são  jovens de hoje que refletem sobre o amor

De forma sucinta, a peça tem 50 minutos de duração, Merde à L’Amour procura apresentar como os jovens de hoje em dia encaram as relações amorosas.
Apresentada somente às quartas-feiras até o final do mês no reformado Teatro Commune, a trama é ambientada em São Paulo, no espaçoso e antigo apartamento de Eric, vivido por Guilherme Sugar Junqueira — que também assina a direção, cenografia, figurino e a produção do espetáculo. O rapaz está num período de reclusão para escrever um livro quando recebe a intempestiva visita de Skória, interpretado por Francisco Eldo Mendes, um amigo de infância que hoje é DJ e vive perigosamente. A sensual e enigmática vizinha de Eric, Françoise, papel de Lara Giordana Lima, chega e propõe novas e tentadoras possibilidades aos dois rapazes.

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Eric (Guilherme), Skória (Francisco) e Françoise (Lara) representam a juventude de Sampa

A trama desenrola-se no único cenário, o apartamento de Eric, localizado nas imediações da Rua Augusta. Ele, um poeta e apreciador tanto de literatura universal como de música erudita (em especial Beethoven), na cena inicial tenta acordar Skória, que chegou de madrugada com corte na mão e totalmente alcoolizado. De ressaca, o DJ acorda e logo trava um embate com o amigo, principalmente sobre estética (música, literatura e artes plásticas, temas que eles têm opiniões opostas). No amor também discordam, já que Skória é romântico e o amigo não acredita no modelo convencional de relação afetiva.
Como um terceiro elemento discordante, Françoise, que se envolve com homens mais velhos e ricos, chega para apimentar e tumultuar ainda mais a discussão.

 

 

“Minha peça fala basicamente da amizade, das desilusões amorosas e do início da fase adulta. É um texto jovem, que retrata uma geração considerada perdida, alienada e fútil. Ao contrário de meus trabalhos anteriores em que havia elementos de natureza fantástica, desta vez apresento um espetáculo realista, partindo de princípios simples”, avalia Guilherme Sugar Junqueira.

 

Com uma produção bem cuidada e uma discussão contemporânea, Merde à L’Amour pode atrair a galera jovem e superantenada dos dias de hoje.

 

Fotos: Emerson Brandt

 


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