São Paulo é conhecida como a metrópole brasileira das grandes atrações culturais, esportivas e de negócios. E especialmente em outubro e novembro essa característica fica mais acentuada. A capital paulista é palco da Bienal Internacional de Artes Plásticas, do Salão Internacional de Automóvel, da etapa do campeonato de Fórmula 1 e, como não poderia deixar de ser, da Mostra Internacional de Cinema.
Sob a coordenação do casal Leon Cakoff e Renata Almeida, a 34ª edição da Mostra termina nessa quinta, dia 4 de novembro. Foram exibidos 467 filmes de 76 países, em mais de 22 espaços espalhados pela cidade.
Acompanho esse festival de cinema há muitos anos, desde os tempos de faculdade, e isso já faz tempo! A agitação, o burburinho e os comentários sobre os filmes são as marcas da Mostra. Dessa vez pude assistir a 10 filmes, mas procurei escolher produções de países diversos ou que dificilmente irão entrar em circuito comercial. Assisti a filmes da Argentina, Croácia, Líbano, China, Romênia, Portugal, África do Sul, México e Brasil.

Flávio Bauraqui na pele de Arthur Bispo do Rosário

Difícil destacar uma produção, mas gostaria de ressaltar o emocionante O Senhor do Labirino, do diretor Geraldo Motta, que retrata a vida e obra de Arthur Bispo do Rosário, artista plástico sergipano, vítima de esquizofrenia e que passou por diversas instituições psiquiátricas. Mas viveu durante 50 anos na Colônia Juliano Moreira, onde criou um mundo à parte. Destaque maior para o ator Flávio Bauraqui, que fez uma composição brilhante de Bispo do Rosário.
Espero que diversas produções, muito concorridas durante a Mostra, possam logo entrar em cartaz. E o Festival Mix Brasil de Cinema e da Diversidade Sexual é a próxima grande atração da cidade!