Ney Matogrosso: mostra no MIS comemora 50 anos da carreira do artista

De em março 22, 2025

 

 

NEY MATOGROSSO: exposição no MIS-SP, em cartaz até 21 de abril

 

 

Um verdadeiro mergulho na carreira de NEY MATOGROSSO. Esta é a proposta da exposição promovida pelo MIS-SP, que comemora os 50 anos de carreira do artista. O público percorre um espaço dividido por véus e encontra, década por década, fotos, pôsteres, capas dos álbuns (LPs e CDs), manequins com os figurinos, estantes com adereços usados por Ney nos shows, revistas e recortes de jornais, além de vídeos com o intérprete em cena.  

 

 

De forma cronológica, a mostra traz desde o surgimento de Ney como integrante do grupo Secos & Molhados na década de 1970, os primeiros trabalhos na carreira solo como Homem de Neanderthal, e destaques dos shows e álbuns de todas as demais décadas até seu mais recente álbum, Nu com minha música, que ao contrário de todos os outros foi concebido separadamente de um show. A mostra, em cartaz até 21 de abril, tem curadoria de André Sturm, diretor geral do MIS-SP, e projeto expográfico dos arquitetos Juan Cabello Arribas e Viviane Sá.

 

 

 

Secos & Molhados/1974

 

 

“O Brasil é um país profícuo para o surgimento de artistas geniais, mas só existe um Ney Matogrosso! Um talento único, hipnotizador de multidões há cinco décadas.” (André Sturm, diretor do MIS-SP e curador da mostra)

 

 

 

 

 

Ao entrar na exposição, o público já de se depara com o texto de apresentação do curador, que antecipa o clima geral do grande perfil dedicado a Ney de Souza Pereira, o Ney Matogrosso. Os textos que acompanham a mostra são extraídos do livro Ney Matogrosso – a biografia, do jornalista Julio Maria e as fotos são assinadas por Madalena Schwartz, Thereza Eugênia, Ary Brandi e Daryan Dornelles. Detalhe interessante: todos os figurinos e adereços presentes na exposição são originais do acervo pessoal de Ney Matogrosso, que cedeu tudo para o SENAC/SP, responsável pela manutenção e guarda da indumentária.

 

 

O espaço a ser percorrido é dividido por décadas, que destacam a produção de Ney naquele período. A primeira década, 1970, traz os emblemáticos álbuns do grupo Secos & Molhados — formado por Ney, João Ricardo e Gérson Conrad. Com o fim do grupo, Ney partiu para carreira solo, o que é ressaltado por Julio Maria:

 

 

“A força de só ser o que se é. Ninguém pode vencer um homem que está sempre pronto para deixar tudo, pegar a mochila e partir em busca de si mesmo.”

 

Destaque ainda deste período para a reprodução cenográfica de Homem de Neanderthal, álbum e show de 1975.

 

 

 

 

 

Pescador de Pérolas/1987

 

 

A década de 1980 é retratada com todos os álbuns produzidos no período, como Homem com H/1982,  Destino de Aventureiro/1984 e Pescador de Pérolas/1987, que Ney dividiu o palco com Arthur Moreira Lima, Raphael Rabello, Paulo Moura e Chacal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Manequim com figurino Um brasileiro/1996

 

O visitante da mostra, além de ter acesso ao material exposto, ouve as canções que Ney interpretou naquele período. E um detalhe muito interessante é que há manequins com os figurinos usados nos palcos e na frente deles monitores com Ney vestindo os figurinos. Os shows realçados da década de 1990 incluem Á flor da pele/1990 com Ney e Raphael Rabello, Um brasileiro/1996 e Olhos de farol/1999. O visitante também tem acesso a um monitor com o clipe da MTV em que Ney canta ao lado de Chico Buarque a música Até o fim.

 

 

 

 

 

 

Beijo bandido/2009

 

 

Além dos álbuns da década de 2000 destacados — Inclassificáveis/2007, Beijo bandido/2009 e Atento aos sinais/2013, em que a turnê pelo país e pelo mundo durou mais de cinco anos—, este espaço traz a entrevista que Ney concedeu ao programa Notas Contemporâneas – Especial 45 anos do MIS /2015, em que faz um resumo da vida e da carreira.

 

 

 

 

 

 

 

 

Salão com todos os figurinos

 

Para encerrar o passeio, o visitante tem umas surpresas. A primeira delas é a grande linha do tempo em que todos os fatos da vida e da carreira de Ney são realçados. Depois é possível entrar num grande salão redondo (Exuberância e rupturas com coerência), todo pintado de branco e com uma arquibancada com mais de 20 manequins com os figurinos usados por Ney; no telão trechos de vários shows do cantor. Graças ao vídeo e à iluminação, o visitante sentado na arquibancada tem a sensação de estar literalmente num teatro ou num estádio assistindo à apresentação de seu ídolo!

 

 

 

 

 

Ney e o ator Jesuíta Barbosa

 

 

Como se não bastasse todo este mergulho no universo Ney Matogrosso, a última sala é dedicada ao filme Homem com H, do diretor Esmir Filho, com lançamento previsto para maio. Além de fotos das filmagens, há um trailer em que é possível conferir a atuação do ator Jesuíta Barbosa na pele de Ney.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mostra Jovem Guarda 60 anos

 

Com o mesmo ingresso, o público tem acesso ao segundo andar, que traz uma exposição que comemora os 60 anos da Jovem Guarda. São sete espaços com fotos, pôsteres, capas dos álbuns, revistas e artigos de jornais sobre a carreira de Roberto e Erasmo Carlos, Wanderléa e os demais integrantes, entre eles Martinha, Eduardo Araújo, Silvinha, Sérgio Reis, Jerry Adriani e Luiz Ayrão.

 

 

 

 

 

 

Como um aperitivo, fique com o clipe oficial da canção Nu com minha música, de Caetano Veloso, recente trabalho de Ney Matogrosso:

 

Roteiro:
Ney Matogrosso– mostra marca os 50 anos de carreira do artista.
Curadoria: André Sturm. Projeto expográfico: Juan Cabello Arribas e Viviane Sá. Textos da exposição: Julio Maria. Fotografia: Madalena Schwartz, Thereza Eugênia, Ary Brandi e Daryan Dornelles. Realização: MIS/SP, em parceria com SENAC e apoio da Paris Filmes.  
Serviço:
MIS, Av. Europa, 158, tel 11 2117-4777. Horários: de terça a sexta das 10h às 19h, sábado das 10h às 20h e domingo e feriados das 10h às 18h. Ingressos: R$30 e R$15 (terça gratuito). Classificação: livre. Temporada: até 21 de abril.

 

 

 

2 Comentários

DINAH SALES DE OLIVEIRA

março 22, 2025 @ 17:21

Resposta

Maurício,
Parece que está bacanérrima a exposição.
Sua resenha dá vontade de ir conferir.
E ficou muito bonita a gravação dessa música do Caetano.

Beijo,
Dinah

Maurício Mellone

março 23, 2025 @ 09:42

Resposta

Dinah,
Vale a pena conferir a
mostra: bem organizada e
com a peculiaridade q tudo o q
está exposto é original, do acervo
do NEY. Tb adorei a versão dele para
a canção do Caetan.
Beijos, obrigado por sua presença constante
aqjui no FAVO

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