O Filho: peça de Florian Zeller sobre família ganha versão brasileira

De em outubro 13, 2025

 

 

Gabriel Braga Nunes e Maria Ribeiro vivem os pais de Nicolas, papel de Andreas Trotta

 

 

Um tema delicado e muito presente no cotidiano das famílias de hoje em dia, no mundo todo: a depressão entre adolescentes, que não veem sentido na vida. Este é o mote central da peça O Filho, do dramaturgo francês Florian Zeller — mesmo autor de O Pai —, que acaba de estrear no Teatro Vivo, com direção de Léo Stefanini, tendo Gabriel Braga Nunes, Maria Ribeiro, Andreas Trotta e Thais Lago nos papéis centrais.

 

 

Aos 16 anos, Nicolas (Andreas) está entediado e deixa de frequentar as aulas. Sua mãe Anne (Maria) fica preocupada e procura Pierre (Gabriel), seu ex marido, que hoje é casado com Sofia (Thais). O jovem pede para morar com o pai e a partir daí todos tentam removê-lo deste sentimento de não pertencimento. Completam o elenco, Luciano Schwab e Marcio Marinello.

 

 

 

 

Jovem sai da casa da mãe e vai morar com o pai e Sofia (Thais Lago)

 

Num cenário fixo — que funciona como residência tanto do pai como da mãe do garoto e também sala de clínica médica—, a trama começa com a visita de Anne na nova residência do ex marido; ela relata sua dificuldade de lidar com o isolamento do filho deles. A cena seguinte é o encontro de pai e filho, quando Nicolas pede para morar com ele, Sofia e o irmãozinho recém-nascido.

 

Tudo parece estar voltando à normalidade, com o jovem matriculado em nova escola e podendo conviver mais com o pai. No entanto, as causas do problema permanecem, como falhas de comunicação, incompreensão do sofrimento do rapaz e a falta de empatia entre os familiares.

 

 

 

 

 

“A depressão em adolescentes é tema fundamental na reflexão sobre a sociedade atual. Dados comprovam o aumento exponencial de casos, em todas as classes sociais, em grande parte dos países. Não é à toa que a peça vem sendo montada em todos os continentes. É importante jogar luz sobre este tema, provocando a reflexão sobre os caminhos possíveis para a redução de um quadro alarmante”, argumenta Léo Stefanini.

 

 

 

 

Médico (Luciano Schwab): apoio à família

 

Talvez por ter assistido à peça na estreia, senti falta de sintonia dos atores em algumas cenas. O formato proposto pela direção em que as cenas são apresentadas de forma truncada, com blackout entre uma e outra cena, provoca descontinuidade e o espectador não se sente envolvido na trama. Por mais tocante que seja o drama vivido pelo adolescente.

 

 

 

 

 

Roteiro:
O Filho. Texto: Florian Zeller. Tradução: Carol Gonzales. Direção: Léo Stefanini. Elenco: Maria Ribeiro, Gabriel Braga Nunes, Thais Lago, Andreas Trotta, Marcio Marinello e Luciano Schwab. Trilha sonora original: Sérvulo Augusto. Desenho de luz: Cesar Pivetti. Figurinos: Yakini Rodrigues. Fotografia: Ronaldo Gutierrez. Direção de produção: Thiago Wenzler.
Serviço:
Teatro Vivo (274 lugares ), Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460, tel. 11 3430-1524. Horários: de quinta a sábado às 20h e domingo às 18h. Ingressos: R$ 150 e R$ 75. Vendas: Sympla. Duração: 80 min. Classificação: 16 anos. Temporada: até 07/12.

 

2 Comentários

Imad

outubro 14, 2025 @ 14:10

Resposta

Compartilho de suas ressalvas, prezado Mellone, com quem assisti à estreia, e espero que haja mudanças na peça, a fim de que os espectadores consigam embarcar nela e se emocionarem. Obrigado pelo convite e por esta resenha. Abraços.

Maurício Mellone

outubro 14, 2025 @ 14:52

Resposta

Imad:
Às vezes assistir a uma estreia de espetáculo pode não ser a melhor
alternativa. Atrizes e atores nervosos, falta de ensaio geral, adaptação
ao palco…. vários motivos podem acarretar em uma apresentação abaixo
do esperado. Muitos atores e atrizes não gostam q a crítica apareça na estreia…..
Também concordo com vc: tomara q haja um entrosamento entre todos os envolvidos na peça
O Filho e a temporada agrade ao público. O tema central da peça é de extrema importância, nossos
adodescentes passam por problemas sérios e precisam de ateção.
Obrigado pela visita e comentário!
Abraços

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