Cartaz do maior evento de cultura LGBT da América Latina

Ontem, em cerimônia concorrida no Centro Cultural São Paulo, foram premiados os filmes nacionais e estrangeiros (curtas e longas) do 21º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade. Num ano em que a produção nacional foi não só numerosa mais de alta qualidade técnica e estética, o júri e o público tiveram dificuldades na escolha. No entanto, o aclamado Tatuagem, do diretor Hilton Lacerda, foi o escolhido melhor longa nacional; entre os estrangeiros, o vencedor foi o sensível filme israelense Além da Fronteira, de Michael Mayer.
Na premiação dos curtas, Laio, de Daniel Grispum, foi o melhor curta nacional e o norte-americano Yeah Kowalski, de Evan Roberts, o melhor estrangeiro. O troféu Coelho de Ouro para o melhor curta nacional ficou O Amor Que Não Ousa Dizer Seu Nome, da diretora Bárbara Roma.

Melhor longa nacional: Tatuagem, de Hilton Lacerda

O Festival Mix Brasil, considerado o maior evento de cultura LGBT da América Latina, conta na premiação com o voto do público e a escolha do júri técnico, que neste ano teve a presença do ator e diretor John Cameron Mitchell, do representante do Festival de Cinema Berlim Michael Stütz, da cineasta brasileira Claudia Priscilla e da diretora do Festival Internacional de Curtas de São Paulo Beth Sá Freire.
Na votação popular, além dos já citados melhores longas nacionais e estrangeiros e melhores curtas (nacional e estrangeiro), foi escolhido ainda o melhor documentário, Interior. Leather Bar, de James Franco e Travis Mathews, filme que abriu o festival.

Além da Fronteira: melhor longa estrangeiro

O júri premia as categorias técnicas, como direção, fotografia, interpretação, direção de arte e roteiro, além do melhor curta que recebe o troféu Coelho de Ouro. Pacote levou dois troféus, direção e direção de arte para Rafael Aidar. O curta Rótulo também ficou com duas premiações: melhor roteiro e melhor interpretação para Felipe Cabral. O troféu de fotografia foi para Bruno Polidoro pelo curta Linda Uma História Horrível. Daniela Glamour Garcia também foi agraciada com o prêmio de interpretação por O Amor Que Não Ousa Dizer Seu Nome, vencedor do troféu Coelho de Ouro.

O Amor Que Não Ousa Dizer Seu Nome: vencedor do Coelho de Ouro de melhor curta brasileiro

Por último o Canal Brasil escolhe um filme e oferece 15 mil reais como prêmio, além de veiculá-lo. Neste ano o vencedor foi o curta Linda, Uma História Horrível, de Bruno Gularte Barreto.
Aos vencedores nossos parabéns! Os diretores do Festival Mix Brasil, André Fischer e João Federici, também merecem todo o carinho e aplausos por organizarem um festival tão importante e vital para a visibilidade e respeito à comunidade LGBT no Brasil.

Linda, Uma História Horrível: Prêmio Canal Brasil

Mas o evento não terminou: as atividades continuam até domingo aqui em Sampa e no Rio até o dia 21. Participem e para mais informações, acesse o site oficial do festival: www.mixbrasil.org.br

Fotos: divulgação