Sujeito Oculto: suspense, filme de estreia do pernambucano Leo Falcão

De em julho 11, 2022

Gustavo Falcão vive o protagonista da trama, Max o escritor em crise de criatividade

 

 

Depois de dirigir cinco curtas-metragens, uma minissérie e documentários, o diretor pernambucano Leo Falcão lança seu primeiro longa-metragem de ficção, Sujeito Oculto, em cartaz no Cinema da Fundação.

 

 

Com roteiro do próprio diretor, a trama de suspense gira em torno do escritor Max, vivido por Gustavo Falcão, que, em crise de criatividade, resolve se isolar numa pequena e estranha vila para poder escrever seu próximo livro. Contente com a casa que alugou, Max começa a ter idéias, mas desconfia, pois algumas páginas escritas aparecem em sua escrivaninha de trabalho. Aos poucos ele entra em contato com as pessoas do vilarejo, sabe que o antigo morador da casa, chamado de professor, também escrevia e as situações passam a ser cada vez mais misteriosas, com um desfecho inusitado.

 

 

Leo Falcão: dirigiu curtas, documentários e minissérie

 

 

O filme tem início com Max lendo um trecho de uma obra literária para uma plateia atenta. O espectador percebe que se trata do prólogo, pois Max indica aos ouvintes da palestra que tudo começou há uns meses, quando alugou uma casa numa vila tranquila. Corte e a cena seguinte é com o escritor chegando com seu agente para alugar uma casa. Ele se encanta com o lugar, quieto e pouco afastado do vilarejo, e principalmente com o imóvel, que exala um ar de mistério.

 

 

 

 

 

 

Já instalado, o escritor descobre na escrivaninha do piso superior vestígios do antigo morador, inclusive um desenho, em autorretrato. Começa a ter ideias para sua nova obra e resolve ir ao vilarejo para entrar em contato com o agente, já que o sinal de telefonia na casa era ruim. De forma paulatina, o espectador vai se inteirando do clima de suspense que ronda aquela vila: há personagens no mínimo estranhos, como as três anciãs vistas como jovens, o casal formado por uma enfermeira e um estranho coveiro, o dono do antiquário que parece conhecer o futuro, o dono da venda, antigo marinheiro cujo filho é sábio só à noite, os jogadores de carta que vivem de socos e pontapés e a misteriosa mulher que se oferece para fazer uma limpeza espiritual na casa. Max também desconfia de Ana, a menina que o atende na agência postal: ela é muito desembaraçada no atendimento e antes de sair, conhece uma mulher que é o futuro daquela garotinha!

 

 

Max se encanta com a casa que exala mistério

O estranhamento não se restringe ao vilarejo, pelo contrário. Na casa as coisas pioram ainda mais, com sons estranhos, goteiras e Max percebe que está sendo auxiliado por alguém, tanto que aparecem páginas totalmente prontas em sua escrivaninha. Ele descobre também um porão, com uma vasta biblioteca e livros cujos títulos são os nomes dos moradores da vila; dentre eles há um com o seu nome. A dúvida proposta por Falcão é justamente saber o limite entre realidade e ficção. Ou tudo não passa de uma grande fantasia?

 

 

 

 

 

 

Neste momento do filme o espectador está plenamente preso à trama, deixando o final ainda mais inusitado.
Sem dúvida, bela estreia na ficção do diretor. Destaque para a interpretação coesa de todo o elenco e a sensível atuação de Gustavo Falcão (irmão do diretor). Grandes participações, ainda, de Marcos Breda e do veterano ator Tony Tornado.

 

 

 

 

 

Fotos: divulgação

 


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