Velha roupa colorida: filme de estreia do paulista Gabriel Alvim

De em maio 28, 2021

Dida Andrade interpreta Rached, que volta ao país e tenta retomar as amizades do passado

 

O cineasta paulista Gabriel Alvim, depois de produzir três curtas-metragens premiados e de ter sido bolsista na conceituada Academia de Artes Dramáticas de Estocolmo, na Suécia, acaba de lançar seu primeiro longa-metragem, Velha roupa colorida, em que traz à tona o modo de vida de um pequeno grupo de amigos de classe média, moradores da cidade de São Paulo. A cena inicial, como um prólogo, mostra um passeio dos jovens no final da adolescência quando todos se perguntam como estariam daí a dez anos. Na sequência, a trama gira em torno de Rached, papel de Dida Andrade, que aos 30 anos retorna ao país depois de uma frustrada estadia nos Estados Unidos e procura retomar sua vida profissional e o contato com os velhos amigos.

 

Com roteiro assinado pelo diretor e pelos atores Dida Andrade e Kauê Telloli, a produção está disponível na plataforma Filme Filme, com transmissão gratuita nos próximos três meses.

 

 

 

Rached é contratado por Dr. Saulo, vivido por Marcelo Lazzaratto

 

 

Em contraste com a cena inicial em que todos se mostram joviais, alegres e unidos, Rached , de terno e gravata, vai para sua entrevista de emprego, no escritório de advocacia do pai de seu amigo Jucá (Adriano Toloza). Depois de ser contratado, ele cruza com o amigo no estacionamento e os primeiros atritos aparecem: Jucá pede que ele não o chame no escritório pelo velho apelido e diz que tem pouco contato com os amigos. Desconfiado, Rached vai procurar cada um deles: Digão (Kauê Telloli) é o primeiro que reencontra e sabe de sua depressão. Com a ajuda de Raul (Fábio Penna), Rached vai ao teatro e assiste a uma performance de Carol (Louise D’Tuani). Depois, ele visita Caco (Andradina Azevedo), que se casou, tem filhos e luta para se manter como escritor, mas esconde sua dependência química e suas infidelidades conjugais.

 

 

 

 

 

 

De forma paulatina, Rached vai entrando em contato com o universo de vida de seus amigos, agora longe dos sonhos da juventude, da mesma forma como se defronta com a dificuldade de conviver no escritório em que o chefe, Dr Saulo, vivido por Marcelo Lazzaratto, esconde os negócios escusos e corruptos.

 

 

Na verdade, Rached, ao voltar para o Brasil, toma um verdadeiro banho de realidade e precisa saber lidar com as próprias angústias e as de seus antigos companheiros de adolescência.

 

 

 

 

Bom argumento, mas senti falta de um fio condutor, as histórias ficam soltas e desconexas: por exemplo, o triângulo amoroso entre Rached, Carol e Jucá não tem solução, assim como o destino de Raul e o desfecho do caso policial envolvendo o escritório de advocacia. Destaque para a composição de personagem de Dida Andrade e a interpretação coesa do elenco.

 

 

 

Fotos: divulgação


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