De em junho 22, 2011
Mais uma ótima sacada do mestre Woody Allen, que brinda o público com a deliciosa comédia Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris). Já nas primeiras cenas, o diretor com seu olhar de estrangeiro faz um passeio pela capital francesa, antes mesmo de apresentar os personagens (Paris é personagem central desta trama, na verdade). Uma típica família norte-americana aproveita a viagem de negócio a Paris de John (Kurt Fuller) para passear; Inez (Rachel McAdams) está noiva e faz compras com a mãe Helen (Mimi Kennedy). Já o noivo Gil (Owen Wilson), um bem-sucedido roteirista de Hollywood, quer se tornar um escritor e sonha com seus ídolos, os escritores Ernest Hemingway e Scott Fitzgerald.
Cansado das futilidades da noiva, dos esnobes sogros e do pedantismo de um casal de amigos de Inez, Gil resolve caminhar pela cidade à noite. Esse é o mote para que Allen comece sua brincadeira: exatamente à meia-noite, ele é surpreendido com um carro antigo que para na sua frente e as pessoas o convidam para entrar. Lá, nada mais nada menos do que o casal Scott e Zelda Fitzgerald, que o levam para diversas festas por Paris dos anos 20! Na mesma noite, Gil conhece Hemingway que o incentiva a mostrar os originais de seu livro para Gertrudes Stein (Kathy Bates) que analisava sua obra.
Mesmo não entendendo direito o que acontecia ao redor, Gil se encanta com a novidade e passa o dia à espera da meia-noite para reencontrar seus ídolos do passado. Numa dessas vezes, conhece Adriana (Marion Cotillard), amante de Pablo Picasso (Marcial Di Fonzo Bo) e ambos se apaixonam. Dessa experiência, Gil faz uma auto-análise e dá outro sentido à sua vida.
Sutilmente, Allen critica a sociedade norte-americana e com seu humor característico brinca com o tempo e provoca uma reflexão edificante sobre o estar aqui e agora.
Foto: Divulgação
8 Comentários
Imad
agosto 8, 2011 @ 20:37
Vi 2 vezes. Na segunda, notei coisas que passaram despercebidas na primeira vez. Adorei a participação da Marion Cottilard. Fora que Paris, como disse Hemingway (presente no filme, aliás!), é sempre uma festa!
Maurício Mellone
agosto 9, 2011 @ 14:11
Imad:
Wood Allen arrasa mesmo nesse tocante olhar sobre Paris! Sua brincadeira com
o tempo é incrível! Obrigado pela sua visita e volte sempre!
bjs
Laura Fuentes
junho 27, 2011 @ 17:19
Delicia de texto o seu, me faz ter mais pressa ainda em conferir mais esse do velho diretor e viajar de volta a Paris, essa cidade toda encanto. Bom demais vir aqui! Beijão
Maurício Mellone
junho 28, 2011 @ 14:39
Laura:
Woody Allen é mestre, não por acaso! Como não conheço (ainda) Paris,
fiquei ainda mais louco para visitar a capital francesa.,
bjs e obrigado pelas visitas constantes!
Rico
junho 23, 2011 @ 10:25
Fui assistir ontem e adorei. Estava na dúvida pois não sou fã de carteirinha do Sr Allen. Recomendo também.
Bjo
Maurício Mellone
junho 24, 2011 @ 15:06
Rico:
Que bom q vc insistiu e rompeu a resistência interior para assistir ao filme do Allen.
Uma comédia leve e inteligente, com certeza agrada grandes plateias!
Bjs
Dinah
junho 22, 2011 @ 20:51
Maurício,
Tá ótima a crítica, leve como um Woody Allen…
Esse filme não vou perder e por várias razões: vejo todos os trabalhos de Woody Allen (quando perco algum é por razões que estão fora do meu controle), vou adorar ver Paris como personagem central e, prometo, que logo mais também vou esperar – ansiosamente – pela minha Meia-Noite em Paris. Duvido que encontre alguns ídolos do passado por lá, mas isso não tira o charme da cidade, né?
Maurício Mellone
junho 24, 2011 @ 15:09
Dinah:
Não deixe de assistir mesmo, ainda mais com essa chance de rever a cidade luz! Quem sabe vc não
tenha a experiência do escritor do filme? Agora q vc tb está nessa categoria profissional! Bjs e obrigado
pela frequência e pelo carinho!