De em maio 19, 2010
Liberta-me!
Andar num ritmo a conta-gotas…
Viver como um parafuso que gira em falso…
Subir a montanha sem nunca chegar ao cume…
Anseio por me libertar de amarras
criadas por mim mesmo.
Mas como livrar-me de grilhões tão resistentes
Que me paralisam os movimentos
E inibem meus sentimentos
Mais pungentes?
Que inimigo tão forte é este introjetado em meu peito?
Que sentido há neste desgaste interior?
Até quando sobreviverei a tanta luta interna, em que vencido e vencedor
Fazem parte do mesmo eito?
As amarras, as presas e os grilhões serão alquebrados
Com a palavra do coração liberto
Sem o receio de deixar vir à tona o lado
Mais sensível, brincalhão, sagaz e experto.
Quero andar no ritmo comandado pelo coração
Viver num giro pulsante e sem cadafalso
Subir a montanha e do cume vislumbrar
A mais inventiva, criativa e libertária caminhada evolutiva do espírito.
(de nov/2003)
A Dose
Para Zé Dornellas
Qual a dosagem correta
Do amor, da entrega?
Que medida tomar
Que medida a certa?
Não ir com tanta sede ao pote
Não se lambuzar
Ou, ao contrário,
Mergulhar e afundar
Nas doces águas oceânicas do amor
Para amar, não quero regras a seguir
Quero me permitir
Voltar a amar
A sentir
O gosto doce do amor
Nadar, me afogar e boiar
No rio caudaloso
Dos seus afagos, beijos e gozos!
(de out/2009)
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