Filme: O Vale do Amor, foto 1

O Vale do Amor: filme mostra inusitado reencontro de um casal nos EUA

De em outubro 5, 2016

Filme: O Vale do Amor, foto 1

Isabelle Huppert e Gérard Depardieu vivem os pais de um rapaz que se suicidou e marcou um encontro com eles no Deserto da Morte/Califórnia

Com roteiro e direção de Guillaume Nicloux, produção francesa rodada inteiramente nos Estados Unidos, Vale do Amor, conta a inusitada história de Isabelle e Gérard, vividos pelos atores franceses Isabelle Huppert e Gérard Depardieu, que recebem separadamente uma carta do filho deles, Michael, pedindo para que eles se encontrem no Vale da Morte, localizado no Deserto de Mojave, na Califórnia/EUA.
O estranho do pedido é que o rapaz escreve aos pais, que estão separados há anos, exatamente seis meses depois de seu suicídio; em ambas as cartas, Michael explica que ao lerem a carta ele já estará morto, mas descreve com rigor de detalhes todos os locais, dia e hora em que eles devem estar para que o reencontro aconteça. Mesmo discordando ou contestando a veracidade do teor da carta, tanto Gérard como Isabelle seguem todas as instruções deixadas pelo filho.

Filme: O Vale do Amor, foto 2

Dirigidos por Guillaume Nicloux, Gérard e Isabelle estão em perfeita sintonia

 
O filme começa com a câmera seguindo os passos de Isabelle até ela chegar ao hotel e se instalar. O calor e as temperaturas elevadas da região desértica ficam bem marcados desde este início (o diretor enfatiza o desconforto do clima para evidenciar a situação desconcertante que irá narrar).
Isabelle só irá rever seu ex-marido no dia seguinte: ele chega ao local marcado, mas deixa claro que não acredita num provável encontro com o filho. Enquanto ele se mostra totalmente cético, Isabelle se apega a tudo para tentar se redimir com o filho, que ela abandonou quando ele ainda era uma criança.  Ambos leem com atenção a trilha que eles devem seguir e diariamente seguem pelo deserto tentando cumprir as metas determinadas por Michael.

Filme: O Vale do Amor, foto 3

Cartaz do filme escrito e dirigido por Guillaume Nicloux

 

Com poucos diálogos, muito silêncio entre o casal, aos poucos o espectador percebe que o objetivo do filho era promover o encontro dos pais para que eles pudessem rever suas vidas e reavaliar conceitos e princípios. No entanto, o sobrenatural e o tom surreal da situação se impõem, mesmo que de forma gradativa: o tom do filme se transforma e, sem qualquer uso de efeitos especiais, tanto Isabelle como Gérard vivenciam experiências que comprovam a presença de Michael. O diretor faz questão de deixar o final em aberto, obrigando o espectador a refletir e juntar as peças do quebra-cabeça.
Além da bela fotografia, o destaque do filme é para perfeita sintonia de interpretação entre estes dois grandes atores franceses. Vale a pena conferir!

 

 

 

 

Fotos: divulgação


2 Comentários

Dinah

outubro 6, 2016 @ 12:22

Resposta

Maurício,
Gostei bastante do filme, tipicamente francês, embora rodado nos EUA.
Você tem razão quando fala do calor como parte da relação desconcertante do casal que se encontra depois de muito tempo – magníficos, os dois, como sempre! – para uma tarefa difícil deixada pelo filho, que vai se apresentando aos poucos, em situações surreais no filme. E interessante é que o mais cético deles é que acaba tendo o reencontro, né?
Depois conversamos mais.

beijo.

Maurício Mellone

outubro 6, 2016 @ 14:08

Resposta

Dinah,
sim, o mais cético do casal é q tem a relação
mais próxima com o sobrenatural.
E tudo sem qualquer efeito especial ou truques de imagem!
obrigado por sua presença aqui no Favo, sempre constante e
carinhosa!
bjs

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