Peça: Aparecida, foto 1

Aparecida – um musical: produção conta história da padroeira do Brasil

De em março 27, 2019

 

Peça: Aparecida, foto 1

Leandro Luna e Bruna Pazinato lideram um elenco de 33 artistas

Mesmo sem experiência anterior com musicais — mas tendo escrito a telenovela A Padroeira — o dramaturgo e escritor Walcyr Carrasco é o responsável pelo texto de Aparecida- um musical, espetáculo que acaba de estrear no Teatro Bradesco e narra a história e os milagres históricos de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a padroeira do Brasil.

 

Com direção e coreografia de Fernanda Chamma, músicas de Carlos Bauzys e letras de Ricardo Severo, o musical traz 20 canções originais e é composto por 33 artistas, entre atores, cantores e bailarinos, além de 12 músicos sob a regência de Rodrigo Hyppolito. Em dois atos, a trama é narrada em dois momentos: no primeiro há a história passada nos dias atuais de um advogado bem-sucedido, vivido por Leandro Luna, que ao se tratar de um câncer fica cego; amparado pela esposa, interpretada por Bruna Pazinato, ele recorre à santa para se curar. Paralelamente, a história da santa é narrada, desde que foi descoberta por três pescadores em 1717, alguns de seus milagres históricos, o ataque que sofreu na década de 1970, sua restauração e, depois de pronta, a procissão por todo o país até voltar ao seu santuário, na moderna Basílica da cidade de Aparecida/SP.

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Os três pescadores que tiraram a imagem do rio

 

Em pouco mais de duas horas, o espetáculo é conduzido essencialmente pelas canções, tanto com a história do casal contemporâneo quanto na narrativa dos acontecimentos históricos — os dois momentos se intercalam durante todo o musical.

No primeiro ato o destaque fica para o relato dos milagres históricos, desde a descoberta da imagem no rio pelos pescadores, seguido do milagre dos peixes, o milagre das velas de um oratório da santa que se apagaram com o vento e se acenderam misteriosamente, o milagre do escravo Zacharias, que ao se abrigar na capela de Nossa Senhora Aparecida teve suas correntes rompidas, até o milagre do cavaleiro, que tentou invadir a igreja com seu cavalo, mas o animal prendeu a ferradura na escadaria, impedindo a invasão. Há ainda a passagem em que a Princesa Isabel oferece o manto e a coroa para a santa e o ataque criminoso de 1978, quando um rapaz perturbado quebra a estátua em vários pedaços.

 

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Milagre do escravo Zacharias

 

O segundo ato começa com a restauração da imagem, trabalho minucioso realizado no MASP, pela artista plástica Maria Helena Chartuni. Depois de recuperada e entregue às autoridades eclesiais, Nossa Senhora Aparecida percorre em procissão todo o país e volta para a Basílica, na cidade de Aparecida/SP.

 

 

 

 

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Milagre do cavaleiro

 

 

O que chama a atenção no espetáculo são as belas coreografias, conduzidas por um afinado elenco de bailarinos, cantores e atores, que manipulam os cenários durante as cenas:

“A encenação é de vanguarda e segue as tendências do teatro musical atual, com o cenário movimentado pelo elenco durante as cenas. A história de Nossa Senhora Aparecida é contada pelo movimento”, explica a diretora Fernanda Chamma.

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O atentado que destruiu a imagem

 

Mais do que a história comovente da padroeira, o espetáculo encanta graças à diversidade musical (são 20 músicas originais, de diversos gêneros) e ao visual impactante (cenários imensos, iluminação e visagismo criativos e belos figurinos), sem falar da sintonia do grande elenco. O musical cumpre longa temporada, não perca!

 

 

 

 

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Roteiro:
Aparecida
. Texto: Walcyr Carrasco. Direção artística e coreografia: Fernanda Chamma. Músicas originais e direção musical: Carlos Bauzys. Letras originais: Ricardo Severo. Cenário e projeções: Richard Luiz. Figurinos: Fábio Namatame. Visagismo: Rogério Pontes. Iluminação: César de Ramires. Elenco: Leandro Luna, Bruna Pazinato, Edson Monttenegro, Nábia Villela, Rubens Caribé, Maurício Xavier, Ana Araújo, Frederico Reuter, Arthur Berges, Alessandra Vertamatti, Cadu Batanero, Maysa Mundim, Talita Real, Joyce Cosmo, Pamella Machado, Daniel Cabral, Bernardo Berro, André Torquato, Marcelo Vasquez, Vandson Paiva, Keila Bueno, Rafael Machado, Isabel Barros, Maria Clara Manesco, Ygor Zago, Ditto Leite, Lucas Nunes, Nay Fernandes, Tutu Morasi, Gigi Debei, Isa Castro, Nina Sato e Guilherme Pereira. Músicos: Rodolfo Schwenger, Ney Aguiar, Tiago Dias, Margareth Yahagi, Gabriel Vasco, Yuri Cayres, Gibson Freitas, Diego Pereira, Daniel Pascarelli, Chiquinho de Almeida, Cristiano Carvalho e Marisa Gurge.  Direção musical associada e regência: Rodrigo Hyppolito. Fotografia: Adriano Dória. Produtora executiva: Francine Storino. Realização: Ministério da Cidadania, Bradesco e MPCult.
Serviço:
Teatro Bradesco (1439 lugares), Rua Palestra Itália, 500, loja 263 – 3° Piso do Bourbon Shopping, tel. 11 3670-4100. Horários: Sexta às 21h, sábado às 16h e 21h e domingos às 15h e 19h30. Ingressos: de R$220 a R$ 75. Bilheteria: domingo a quinta das 12h às 20h; sexta e sábado, das 12h às 22h. Duração: 2h15min. Classificação: livre (menores de 12 anos acompanhados pelos pais). Temporada: até Junho/19.


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