De Maurício Mellone em dezembro 12, 2016
Sucesso absoluto de vendas — milhões de exemplares vendidos no Brasil e publicado em mais de 70 países —, o livro de Augusto Cury, O vendedor de sonhos, ganhou uma versão para o cinema pelas mãos do diretor Jayme Monjardim e acaba de estrear. Com roteiro de L.G.Bayão, o filme já começa com o psiquiatra Júlio César, vivido por Dan Stulbach, em profunda crise existencial: chega ao seu consultório, num luxuoso edifício da Avenida Paulista, cartão postal da cidade, abre a janela do 21º andar e vai para o parapeito, numa tentativa de suicídio. A mobilização para removê-lo de lá é enorme, mas somente um mendigo, conhecido como Mestre e interpretado pelo ator uruguaio César Trancoso, é que consegue escapar do cerco policial e ficar ao lado do suicida. Depois de muita conversa, o Mestre e Júlio deixam o edifício e iniciam uma tumultuada aventura pelas ruas da cidade, que irá modificar a vida de ambos. Os ensinamentos de vida proferidos pelo Mestre servem tanto para os personagens como para quem assiste a trama.
Ao desistir do suicídio, Júlio César, ávido por saber quem é aquela estranha criatura que o salvou, passa a seguir o mendigo pela cidade. Logo eles se deparam com um garoto, vivido por Kaik Pereira, que foge depois de assaltar uma velhinha: eles vão atrás do menino, que acuado devolve a bolsa e a senhora lhe perdoa graças às palavras do Mestre. Júlio continua a seguir o mendigo e vai conhecer sua “casa”, numa improvisada favela debaixo de um viaduto. A próxima aventura deles, agora com a presença de Boquinha de Mel, vivido por Thiago Mendonça, é a ida a um asilo, onde o Mestre visita uma velha amiga (Malu Valle). A partir daí o passado do Mestre começa a vir à tona: ele foi um executivo de um grande conglomerado e aquela mulher, sua secretária. Cenas do passado se intercalam com o presente e o espectador começa a juntar as peças do quebra cabeça e a entender o porquê de tamanha mudança na vida daquele homem. Erros cometidos, arrependimentos, novas escolhas e a tentativa de recriar toda uma existência passam a guiar a trama. Júlio César vê na experiência de vida do amigo a chance de reconstruir a sua história.
Com imagens inusitadas da cidade de São Paulo e uma trilha sonora envolvente, Monjardim recria a trama de autoajuda de Augusto Cury sem apelar para pieguice. O espectador se emociona e reflete sobre temas tão comuns nos dias de hoje, como ganância pelo poder, injustiça social e consumismo.
Fotos: divulgação
4 Comentários
Júlio Moura
setembro 7, 2020 @ 02:09
Perfeito parabéns.
A forma que foi gravado, magnífico.
Aguardando ansiosamente pelos próximos.
Tem um livro dele que fala sobre a máquina do tempo, daria um filme digno de Oscar
E como nada é impossível rsrs pode-me encaminhar um e-mail para fazer parte do elenco.
Seria uma realização para minha carreira de ator.
Maurício Mellone
setembro 7, 2020 @ 14:56
Júlio:
obrigado por visitar o Favo
Redigi esta resenha na época de lançamento do filme,
faz tempo! rsrsr
Volte outras vezes por aqui, há sempre novidades culturais
abraço
Dinah
dezembro 12, 2016 @ 18:26
Oi Maurício, parece bem bacana esse filme (pela sua resenha, dá vontade de ir ver!)
Estou atrasada com os filmes, mas vou colocar na lista.
beijo,
Dinah
Maurício Mellone
dezembro 12, 2016 @ 18:39
Dinah,
acho q vc pode gostar do filme.
Há críticas muito ácidas, por ser baseado no
best-seller do Augusto Cury. Mas é uma história
bem contada.
Depois me fale se gostou
bjs e obrigado pela presença, sempre constante, por aqui!