Peça: Rosa, foto 1

Rosa: monólogo de Debora Olivieri remonta quase cem anos de história

De em outubro 4, 2013

Peça: Rosa, foto 1

Debora Olivieri encarna a judia Rosa em peça do norte-americano Martin Sherman

Depois de carreira de sucesso no Rio, com indicações a prêmios, e de ter participado de festivais de teatro pelo país, finalmente Rosa chega a São Paulo para cumprir temporada no Teatro FAAP até dezembro.
Debora Olivieri, em sua primeira experiência com monólogo, vive no palco uma velha senhora judia — quase 30 anos mais do que ela —, que durante o shivah, luto de sete dias praticado no judaísmo, relembra os principais acontecimentos de sua vida, desde a infância vivida numa pequena cidade da Ucrânia, sua partida para Varsóvia, o horror passado na segunda guerra com a perseguição dos nazistas, sua fuga para a Palestina e finalmente a reconstrução de sua vida nos Estados Unidos, onde se casou novamente, foi mãe e conseguiu ser proprietária de um hotel em Miami.
O texto do dramaturgo norte-americano Martin Sherman, por mais que retrate as agruras sofridas por Rosa, é leve e irônico, ressaltando o característico humor judaico.

 

“Sou judia e fiquei fascinada com a identificação que o texto tinha com minha vida e a história da minha família. Cresci ouvindo histórias de minhas avó e bisavó contando como foi quando saíram da Ucrânia e de todas as perseguições que sofreram. De certo modo, é a história que fala da minha ancestralidade”, confessa Debora Olivieri.

 

Peça: Rosa, foto 2

Personagem de Debora tem quase 30 anos mais do que ela

Com cenário de poucos elementos (uma poltrona e uma mesinha) e pequenas marcações (a atriz se levanta uma ou outra vez durante os 90 minutos da peça), Debora consegue entreter a plateia e retratar quase cem anos de história por meio da vida da personagem. “Toda família judia tem a sua Rosa”, dispara a atriz, que fez questão de trazer a peça para São Paulo, onde a comunidade judaica é grande e muito presente no bairro de Higienópolis, onde fica a FAAP. E melhor ainda: a peça é apresentada em horários alternativos, segundas às 21h e terças às 17h: Tudo para as Rosas, que poderão tomar um chá antes da peça”, sugere Debora em entrevista para a revista serafina

Além da composição magistral de Debora Olivieri para a velha judia, Rosa se destaca pela direção sensível e sutil de Ana Paz, além da iluminação de Paulo César Medeiros e o cenário de Helio Eichbaurer.

Fotos: Dalton Valerio


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