Peça: Jacinta, foto 1

A atriz Andrea Beltrão encabeça o elenco da comédia musical Jacinta

De em agosto 16, 2013

Peça: Jacinta, foto 1

Na pele da personagem título, Andrea Beltrão divide o palco com Augusto Madeira, Gillray Coutinho, Isio Ghelman, José Mauro Brant e Rodrigo França

Sucesso carioca, a comédia musical Jacinta acaba de estrear n o SESC Vila Mariana para uma curta temporada. Andrea Beltrão lidera uma trupe de atores e músicos, que contam as aventuras de uma atriz portuguesa do século XVI que é deportada de Lisboa depois que a rainha morre ao fim de sua catastrófica performance. Jacinta foge para o Brasil, chegando aqui com a fama de pior atriz do mundo. A partir do texto de Newton Moreno, o espetáculo ganhou forma de musical com a chegada do diretor Aderbal Freire-Filho e dos músicos Mello Branco e Emerson Villani.

 

“Criamos as melodias de acordo com o que as letras pediam. Há música medieval, rock pesado e chega até ao funk”, diz Branco Mello, músico da banda de rock Titãs, que assina a direção musical.

Ao lado de Andrea, estão os atores Augusto Madeira, Gillray Coutinho, Isio Ghelman, José Mauro Brant e Rodrigo França, além dos músicos Ricardo Rito (teclado), Tassio Ramos (baixo), Helio Ratis (bateria) e Maurício Coringa (guitarra).
Mesmo não sendo muito talentosa, Jacinta é persistente e sai pelo mundo em busca de aplauso e reconhecimento. De acordo com a atriz — que faz questão de carregar no sotaque lisboeta em cena —, a peça faz uma homenagem à arte de representar:

“O espetáculo é quase uma fábula sobre a nossa profissão. A peça é um passeio pelo mundo do teatro, o que a preenche de significado para nós. E Jacinta não poderia deixar de ter sotaque, que adoro! Qualquer sotaque eu adoro, pois me dá outra persona”, explica Andrea Beltrão.

Já no Brasil, as desventuras de Jacinta continuam. Ela viaja pelo país, indo de São Vicente ao Rio, depois Salvador, Recife, Vila Rica (antiga Ouro Preto) e chega à linha imaginária do Tratado de Tordesilhas, que dividia o novo mundo entre Portugal e Espanha.

 

Peça: Jacinta, foto 2

Andrea em cena com Augusto Madeira

Jacinta é uma peça sobre gente mambembe, marginal. Sobre um país que foi colonizado sem o menor talento. Sobre os pequenos e grandes artistas quem mantêm o edifício teatral. Sobre um ofício que exige persistência, luta e recomeço. Sobre uma atriz que quer ser aplaudida e ninguém aplaude.Sobre vocação e talento. Jacinta é nossa declaração de amor ao teatro”, confessa Newton Moreno.

 

Além da sintonia e perfeito entrosamento dos atores em cena, destaque para a iluminação de Maneco Quideré, a cenografia de Fernando Mello da Costa e os criativos figurinos de Antonio Medeiros. O único senão fica para o volume do som: por serem apresentadas no volume máximo, algumas canções ficam incompreensíveis.

Fotos: divulgação


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