Com texto de Eduardo Bakr e direção de Tadeu Aguiar, Vera Fischer vive uma mãe protetora

Depois do último final de semana no Recife, com sessões lotadas no Teatro do Parque, o espetáculo Quando eu for mãe quero amar desse jeito chega a Fortaleza/CE para três apresentações no Cineteatro São Luiz, nesta sexta, sábado e domingo.

Vera Fischer, para comemorar 55 anos de carreira, está à frente do elenco da peça, formado por Rafael Sardão e Marta Paret, em texto inédito de Eduardo Bakr e direção de Tadeu Aguiar, que recentemente esteve na capital cearense dirigindo o musical A Cor Púrpura. A trama gira em torno de uma família decadente que vê no casamento do filho, com a herdeira de um industrial, a forma de retomar uma posição social que já tivera.

Elenco: Rafael Sardão, Vera e Marta Paret

O enredo tem inicio com Lauro (Sardão) comunicando a sua mãe Dulce (Vera) que está apaixonado por Gardênia (Marta) e que pretende se casar. A mãe aos poucos vai revelando seu verdadeiro caráter: antes de permitir o enlace quer saber todo o passado da moça, principalmente, a situação financeira da família dela, já que é filha única. Depois de saber todos os detalhes da vida da futura nora, Dulce aceita recebê-la. Cena seguinte marca o primeiro embate das duas mulheres: Gardênia a princípio apresenta-se como uma moça submissa, mas logo mostra suas garras. Por terem gênios muito parecidos, a parceria entre elas logo se estabelece. Lauro passa a ser manipulado por ambas.

“A peça coloca uma lente de aumento sobre sentimentos e sensações de cada um dos personagens. Destaco o exagero sobre os pensamentos, desejos e motivações”, revela o autor Eduardo Bakr.

A trama se desenrola num único cenário, assinado por Natália Lana, que reproduz a sala dos Carmona, um sobrado aristocrático e decadente. Destaque para o figurino, assinado por Dani Vidal e Ney Madeira, que marca por meio da tonalidade dos vestidos das duas mulheres a oposição e aproximação entre elas.

Aos 55 de carreira, Vera está radiante em cena

Vera Fischer, que completará 73 anos em novembro, está radiante em cena, dando vida a uma mulher inescrupulosa e que mostra nuances de personalidade. A atriz foi muito aplaudida ao entrar no palco no Recife e ovacionada ao final. Pena que o texto não aprofunda uma discussão sobre as relações familiares dos dias atuais e, pior, reproduz preconceitos (sociais) e chavões desgastados (mãe superprotetora, mulher dominadora e homem submisso).

Roteiro:
Quando eu for mãe quero amar desse jeito. Texto: Eduardo Bakr. Direção: Tadeu Aguiar. Elenco: Vera Fischer, Marta Paret e Rafael Sardão. Cenário: Natália Lana. Figurino: Ney Madeira e Dani Vidal. Iluminação: Daniela Sanchez. Trilha sonora original: Liliane Secco. Fotografia: Carlos Costa. Produção Executiva: Edgard Jordão. Produção Geral: Estamos Aqui Produções Artísticas.
Serviço:
Cineteatro São Luiz, Rua Major Facundo, 500, Fortaleza/CE. Horários: sexta e sábado (08 e 09/09) às 19h e domingo (10/09) às 18h. Ingressos: de $ 244 a $ 164. Vendas: Sympla – https://encurtador.com.br/iDLQ8. Duração: 80 min. Classificação: 12 anos.