Filmes: Festival Mix Brasil, foto 1

26º Festival Mix Brasil: show de Johnny Hooker abre as festividades

De em novembro 16, 2018

Filmes: Festival Mix Brasil, foto 1

Catálogo da edição 2018

Nem a garoa fina de ontem à tarde atrapalhou: o cantor pernambucano Johnny Hooker se apresentou para a uma imensa plateia, na área externa do Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer, abrindo o 26º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, que acontece até o dia 25 de novembro. Dentro do tema do festival — (r)EXISTO#pensoLOGOresisto — Hooker cantou seus grandes hits e até brincou com os fãs, propondo que todos fizessem uma macumba para amarrar a democracia, em alusão ao seu grande sucesso Eu vou fazer uma macumba pra te amarrar, maldito!, para delírio de todos.

Filme: Festival Mix Brasil, foto 2

Johnny Hooker abriu o Festival

Depois do show, foi a vez da abertura oficial, dentro do Auditório, que contou com a apresentação da artista Aretha Sadick. Logo no início, ela prestou uma homenagem ao psicólogo e escritor João Neri, que nos deixou recentemente e foi o primeiro homem trans a realizar cirurgia de redesignação sexual no Brasil; a esposa dele recebeu o troféu e foi aplaudida de pé pelos presentes. Além de um resumo das atividades do Festival deste ano, Aretha chamou ao palco os patrocinadores e apoiadores do evento, além dos três diretores André Fischer, João Federici e Josi Geller.

Aretha Sadick apresentou a cerimônia

Este ano o Festival Mix Brasil, considerado o maior evento de cultura da diversidade da América Latina, conta com 110 filmes, entre brasileiros e estrangeiros, sendo que 44% são dirigidos por mulheres. Além da sétima arte, o evento irá apresentar espetáculos teatrais, shows, dança, literatura — Mix Literário terá mais de 60 autores em mesas de debate —, laboratório audiovisual, conferências e a estreia da seção de games, Game Jam da Diversidade.
Os primeiros a subirem ao palco foram os representantes do grupo Pajubá, responsáveis pela Conferência Mix Brasil, que promoverão mesas de debate de todos os temas da cultura da diversidade. Depois quem anunciou  novidades deste ano foi a representante do SESC SP, apoiador do Festival há anos: desta vez haverá o Prêmio SescTV ao melhor filme do festival.

 

 

Filme: 26º Festival Mix Brasil, foto 4

Colette de Wash Westmoreland

Destaques
Dentre os filmes a serem exibidos neste ano, destaque para a nova produção de Gus Van Sant, A pé ele não vai longe, Colette de Wash Westmoreland, Faca no coração do francês Yann Gonzalez e Mapplethorpe, da diretora Ondi Timoner, que revisita o legado do fotógrafo Robert Mapplethorpe.

 

 

 

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Ilha, filme brasileiro de Ary Rosa e Glenda Nicácio

Da produção brasileira, serão 20 longas-metragens exibidos na Mostra Competitiva e Panorama Brasil e 39 curtas-metragens, sendo 16 deles em competição. Dos longas, destaque para Tinta Bruta de  Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, Ilha de Ary Rosa e Glenda Nicácio, Socrates de Alex Moratto e Bixa Travesti de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, exibido no final da solenidade.

 

 

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O diretor André Fischer

 

Antes da exibição do filme, os diretores do festival subiram ao palco para agradecer a presença. André Fischer confessou que o Festival foi vítima de ódio neste ano, mas disse que até por isso é importante a união de todos: “Temos de celebrar as muitas das nossas conquistas nestes 26 anos; exemplo disto é esta sala, uma das mais diversas que já tivemos. Esta é a edição mais completa e por isso mesmo precisamos nos unir para podermos realizar a edição do Mix Brasil 2019”, arrematou o diretor.

 

 

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João Federici, diretor artístico

João Federici, diretor artístico, não só agradeceu aos patrocinadores e apoiadores, como fez questão de dizer que o Festival formou gerações e que depois de 21 anos na organização, vai iniciar nova fase de sua vida:
“Hoje moro na Califórnia, estou casado e a partir de agora continuarei a colaborar com a curadoria dos filmes do festival. Mas a direção ficará a cargo de Josi Geller. Sejamos fortes, livres”, concluiu.

A nova diretora agradeceu a indicação, prestou uma homenagem à saudosa Susy Capó (cofundadora do festival) e agradeceu nominalmente a toda equipe pela realização do evento.

 

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Equipe do filme Bixa Travesti-

 

Antes da exibição de Bixa Travesti, a mestre de cerimônia chamou ao palco os diretores Claudia Priscilla e Kiko Goifman, já premiados no festival de Berlim/Alemanha. O documentário é sobre a cantora transexual Linn da Quebrada, que ao lado de toda a equipe do filme subiu ao palco e fechou os discursos da noite. Depois dos agradecimentos, ela bradou:

“Eu sou uma legião e nós somos a revolução!”

 

 

 

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Serviço:
26° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade. De 15 a 25/11. Ingressos: gratuitos. Locais: CineSesc, Spcine Olido, Cinemateca Brasileira, Instituto Moreira Salles, Centro Cultural São Paulo e Auditório Ibirapuera.
Site: www.mixbrasil.org.br


 

 

Fotos: divulgação


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