De em outubro 19, 2010
Depois de longa e bem-sucedida temporada no Teatro Popular do Sesi, o espetáculo O Colecionador de Crepúsculos, de Vladimir Capella, está em cartaz, até o final de novembro, no Teatro Shopping Frei Caneca, sempre aos sábados e domingos, às 16h.
Voltada ao público infanto-juvenil — marca registrada do premiado diretor e dramaturgo — a peça é uma grande homenagem ao historiador, folclorista, jornalista e advogado, o potiguar Luís Câmara Cascudo. Capella selecionou cinco contos da obra de Cascudo (O Compadre da Morte, A Velha Amorosa, O Marido da Mãe D´Água, A Menina Enterrada Viva e A Formiguinha e a Neve) e fez um painel da vida e obra desse grande pensador da cultura popular brasileira, autor de mais de 150 livros. O fio condutor da peça é a história relatada no conto sobre um caipira que convida uma senhora rica e muito culta, a Morte, para batizar seu filho. Os outros enredos são intercalados na história central e o público passa a se deleitar com os costumes, crenças, mitos, tradições, características e as diversas falas do povo brasileiro. O próprio Cascudo vira personagem da peça e aparece ouvindo, registrando, fumando seu charuto, além de apreciar o crepúsculo, uma de suas agradáveis manias, daí o titulo da peça.
Nessa nova temporada, Marcos Oliveira lidera o elenco de 24 atores, ao lado de Selma Egrei e Guilherme Sant’ana. O Prêmio Femsa de Teatro Infantil e Juvenil concedeu quatro estatuetas para O Colecionador de Crepúsculos, incluindo Melhor Espetáculo Jovem 2009, Melhor Figurino (J. C. Serroni e Telumi Helen), Melhor Iluminação (Davi de Brito e Vânia Jacônis) e Melhor Ator Coadjuvante (Giovani Tozi).
Com cenário encantador de J.C.Serroni (destaque para a Mãe d’Água) e canções executadas ao vivo, a peça discute, entre alguns temas, morte e vida, história e memória, amor e separação, solidão e velhice e o papel da arte na vida das pessoas. Para Capella, a peça faz uma homenagem ao mestre Câmara Cascudo e, ao mesmo tempo, serve de instrumento para mostrar a riqueza da cultura nacional de maneira lúdica, por meio de lendas e histórias do nosso povo.
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