De Maurício Mellone em janeiro 18, 2018
Tendo como base fatos reais e o livro homônimo de Anthony McCarten, O destino de uma nação, filme de Joe Wright, faz um recorte na história da Segunda Guerra Mundial. O foco é a nomeação do primeiro ministro da Grã-Bretanha, Winston Churchill, interpretado por Gary Oldman, em substituição a Neville Chamberlain, vivido por Ronald Pickup, em 1940, quando Hitler assombrava a Europa invadindo vários países. Com o avanço do nazismo, os aliados liderados pelo Reino Unido precisavam decidir entre um acordo de paz ou a continuidade da guerra.
Com poucas cenas externas, o filme basicamente mostra os bastidores do governo Churchill e a luta do primeiro ministro para convencer o parlamento a manter a resistência e permanecer lutando contra o avanço totalitário liderado por Adolf Hitler e Benito Mussolini.
Vencedor do Globo de Ouro como melhor ator de drama, Gary Oldman também deve ser o grande favorito a levar a estatueta do Oscar — os indicados serão conhecidos na próxima semana, dia 23, e a cerimônia será dia 4 de março. A caracterização do ator impressiona tal a semelhança com o político britânico, e sua atuação é excepcional. A trama começa com a revolta no parlamento britânico contra o primeiro ministro Chamberlain e a sua consequente substituição por Churchill, que monta um governo de coalizão. Além de tentar apaziguar os parlamentares, Churchill precisa saber que atitude tomar frente ao avanço das tropas nazistas. Seus opositores, liderados pelo antigo primeiro ministro e o Visconde Halifax, interpretado por Stephen Dillane, defendem a assinatura de um acordo de paz com Hitler. No entanto, Churchill acredita que o momento é avançar para defender tanto a ilha (o Reino Unido) como a democracia de uma maneira geral. Toda a trama está concentrada nos primeiros dias do governo Churchill, em que ele tem de decidir o que fazer. Se no início tem o apoio formal do Rei George, vivido por Ben Mendelsohn, Churchill, antes de sua decisão, recebe o incentivo e o apoio real — o próprio rei o visita antes do discurso oficial no parlamento.
Mesmo que os fatos narrados sejam de conhecimento geral, O destino de uma nação atrai a curiosidade do espectador graças ao foco da trama: os bastidores do poder num momento crucial da história universal. O diretor consegue prender a atenção ao registrar o clima de tensão antes da decisão final de Churchill. Sem dúvida, grande atuação de Oldman, que tem tudo para conquistar o Oscar deste ano. Destaque também para a interpretação de Kristin Scott Thomas na pele de Clement, a esposa do político, e de Lily James como a secretária Elizabeth Layton.
Fotos: divulgação
2 Comentários
lara
fevereiro 4, 2019 @ 16:54
ótimo texto! Eu gostei bastante do Destino de uma nação, com o Gary Oldman por tratar da política inglesa, um assunto que sempre me atraiu muito. Quero muito ver o novo filme que será lançado, sobre o Brexit. E ainda mais por ser com o Cumberbatch, um Acho-o um excelente ator. Eu, pessoalmente, adoro pesquisar e ver filmes e documentários sobre política e temas polêmicos, como é o caso de um assunto tão atual como brexit filme legendado . Eu assisti o trailer e achei muito incrível como o Benedict Cumberbatch está irreconhecível. Aliás, ele sempre mergulha nos papéis e surpreende. Eu acredito que esta produção tenha tudo para ser um dos dramas mais interessantes do ano, seja pelas atuação como a trama em si.
Maurício Mellone
fevereiro 5, 2019 @ 09:42
Iara:
q bom q vc gostou da resenha sobre o filme ‘O destino de uma nação’.
Obrigado pela dica do filme sobre Brexit.
Volte outras vezes aqui ao Favo.;
Obrigado pela visita
até