De Maurício Mellone em junho 1, 2016
O público brasileiro mais uma vez tem a chance de apreciar a produção daquele que é considerado um dos artistas mais expoentes do século XX, o espanhol Pablo Picasso, que além de pintor foi escultor, desenhista, ceramista, cenógrafo, poeta e dramaturgo.
Com curadoria de Emilia Phillippot, a mostra Picasso: mão erudita, olho selvagem, que acaba de ser inaugurada no Instituto Tomie Ohtake e permanece em cartaz até 14 de agosto, reúne o conjunto da obra de Picasso, com peças que remontam todas as fases de sua carreira; são 153 peças, entre pinturas, desenhos, esculturas, cerâmicas, gravuras, além de fotos de Dora Maar, André Villers e Pierre Manciet e filmes sobre o período em que Picasso produziu sua obra mais famosa, Guernica, que retrata o horror do bombardeio alemão sobre a cidade de Guernica durante a Guerra Civil Espanhola.
A exposição é constituída de obras do acervo pessoal do artista que hoje integra o Musée National Picasso-Paris e estão dispostas de maneira didática nas salas do Instituto, desde a fase inicial da carreira até seus últimos trabalhos. Desta forma o visitante percorre a mostra e pode acompanhar a evolução de Picasso, percebendo todas as fases porque ele passou.
“Cada seção da exposição corresponde a um período, é regida por um ângulo temático centrado em influências, motivos ou processo criativos identificados que permitem entender o gênio criativo em todo a sua complexidade”, explica a curadora Emilia Phillippot.
Desta forma, a mostra — que traz diversas obras expostas pela primeira vez no Brasil — é formada por dez seções: O primeiro Picasso – formação e influências; Picasso exorcista (processo da geometrização das formas); Picasso cubista (relação com a música); Picasso clássico (a maternidade, o teatro e a dança); Picasso surrealista; Picasso engajado (estudos de Guernica, fotos e foco na apresentação da tela); Picasso na resistência (processo de trabalho durante a guerra, vida doméstica e vaidades); Picasso múltiplo (da cerâmica ao fotograma); Picasso trabalhando (a magia de seu processo criativo) e O último Picasso (erotismo em todos seus estados).
Completam a mostra as fotografias de Dora Maar que registram o período que Picasso produziu Guernica e as experiências com fotogramas realizadas por Picasso e André Villers. Destaque ainda para os filmes Guernica de Alain Resnais e Robert Hessens e Le Mystère Picasso, sobre o processo criativo do mestre espanhol.
Durante toda a exposição, o Instituto Tomie Ohtake promove diversas atividades ligadas à mostra, com visitas temáticas, encontros, palestras e cursos.
Roteiro: Picasso: mão erudita, olho selvagem. Instituto Tomie Ohtake, Rua Coropés, 88, tel. 11 2245-1900. Horários: de terça a domingo, das 11h às 20h. Ingressos: R$12,00 e R$6,00; crianças até 10 anos e pessoas com deficiência têm entrada gratuita (terça ingresso gratuito). Temporada: até 14 de agosto.
Fotos: divulgação
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