Mostra: Nanoarte, foto 1

NANOARTE- a arte de fazer arte

De em dezembro 4, 2018

 

 

Mostra: Nanoarte, retranca

 

 

Mostra: Nanoarte, foto 1

My soul, de Enio Longo

A melhor definição de Nanoarte é uma obra artística criada a partir de imagens de partículas de materiais em nanoescala. De acordo com o professor doutor do Departamento de Química da UFSCar Elson Longo, as imagens que dão origem ao trabalho artístico são de materiais em nanoescala, ou seja, com a dimensão um milhão de vezes menores que um milímetro.

 

“Estas imagens são obtidas por intermédio de microscópios eletrônicos de alta precisão. Para se ter uma ideia de tamanho, 1 nanômetro (abreviado como nm) é igual a 1 m dividido por um bilhão; assim um fio de cabelo humano é 100 mil vezes maior que um nanômetro. A partir destas imagens obtidas pelos microscópios é que os artistas iniciam seus trabalhos, introduzindo as cores e até sobreposição de imagens”, esclarece Elson Longo.

 

Mostra: Nanoarte, foto 2

Elson Longo, professor doutor do Departamento de Química da UFSCar

 

 

 

 

 

A nanotecnologia é um ramo da ciência que vem sendo desenvolvida em todo o mundo com muito interesse, justamente pelo grande potencial de sua aplicação, desde o desenvolvimento de equipamentos eletrônicos mais eficientes até o uso na medicina (em equipamentos e em diagnóstico), além da contribuição para o avanço da indústria e da tecnologia de uma maneira geral.

 

 

 

 

 

 

 

 

Mostra: Nanoarte, foto 3

Flor de Gérbera, de Ricardo Tranquilin

 

E na arte, a nanociência vem cada vez mais ganhando força: os cientistas perceberam que as imagens das nanopartículas obtidas por meio dos potentes microscópios têm imenso potencial artístico.
“Inicialmente as imagens são em preto e branco. É a partir deste material bruto que o artista interfere e cria seu trabalho. O Projeto Nanoarte do CDMF (Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais), mais do que sua relevância estética, tem por objetivo difundir o conhecimento e a Nanoarte é mais uma ferramenta para divulgar a ciência e estimular a curiosidade científica”, diz o professor, que faz questão de esclarecer que os projetos do CDMF recebem o apoio da FAPESP– Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

 

 

 

 

Mostra: Nanoarte, foto 4

Núcleo Polímero, de Rorivaldo Camargo

Nanoarte e a Natureza
No livro Nanoarte- a arte de fazer arte — lançado pelo INCTMN– Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia — o professor Longo faz uma analogia entre a Natureza e a Nanoarte. Para ele, a Natureza esculpe usando a matéria prima mais nobre, os átomos, por meio de suas próprias leis, de maneira espontânea, representando com absoluta precisão e rigor de detalhes a realidade.
Já a Nanoarte é uma composição artística livremente trabalhada. Ela revela aos olhos o oculto da Natureza, tornando palpável ao racional aquilo que é inatingível ao ser humano. A Nanoarte nos conduz à imaginação.

 

 

 

 

Mostra: Nanoarte, foto 5

Universe in my body, de Enio Longo

 

Ciência e arte
Inimaginável hoje pensar numa separação entre arte e ciência. A conexão entre elas alimenta a imaginação e leva a novos desafios. No entanto, Elson Longo adverte que os cientistas devem ser guiados por um código de ética compatível com a lei:
“Átomos e moléculas devem ser manipulados de forma racional e responsável, a fim de manter um equilíbrio com o meio ambiente. Novos aplicativos para nanotecnologia surgem a cada dia e parece que não há limites para os benefícios de explorar esse campo. A nanotecnologia é, sem dúvida, um dos ramos mais promissores deste século. É um sonho que se torna realidade. Empresas que não se utilizarem de nanotecnologia podem estar condenadas à extinção. Nações que não dominarem nanotecnologia estarão fadadas ao subdesenvolvimento”, arremata o professor da UFSCar.

 

 

 

Mostra: Nanoarte, foto 6

Um dia de neblina no parque, de Ricardo Tranquilin

Fotos: divulgação


4 Comentários

Dinah

dezembro 5, 2018 @ 15:18

Resposta

Uau! Que bacana a explicação do Prof. da UFSCar de que a nanoarte nos mostra o que não conseguimos ver na natureza!
Vamos torcer para que essa ‘arte’ seja bem usada pelos cientistas e empresas do mundo todo.
O Favo do Mellone sai na frente com a publicação desta entrevista, muito bom!

beijos

Maurício Mellone

dezembro 5, 2018 @ 18:04

Resposta

Dinah,
A união de nanotecnologia e arte já está gerando
ótimos frutos. Exemplo disto são os trabalhos dos artistas
do projeto Nanoarte da UFSCar.
Muito obrigado por sua visita.
Bjs

Adriana Bifulco

dezembro 4, 2018 @ 11:52

Resposta

Tema muito interessante e exótico. Seu texto é muito esclarecedor, Ma. Adorei!!

Maurício Mellone

dezembro 4, 2018 @ 14:40

Resposta

Dri, querida:
que bom q vc gostou do tema e pode entender. É mais difícil mesmo,
por se tratar de uso da ciência e tecnologia (nanotecnologia) na
criação artística.
Obrigado pela visita, volte sempre!
Beijos

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