De Maurício Mellone em novembro 17, 2016
Numa cerimônia descontraída e informal foram conhecidos ontem, na sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo, os vencedores do 24º Festival Mix Brasil da Cultura da Diversidade, que receberam os troféus Coelho de Ouro (para o melhor longa-metragem e melhor curta-metragem brasileiros) e Coelho de Prata (nas categorias direção, roteiro e interpretação) também para os filmes nacionais. O público também participa, escolhendo os melhores filmes (longa e curta-metragem) nacionais e internacionais. Há ainda prêmios especiais, com destaque para o Prêmio Canal Brasil de curta-metragem, que este ano ficou para o filme Piscina, de Leandro Godinho, que recebeu R$ 15 mil, será exibido na emissora e vai participar do Grande Prêmio Canal Brasil.
A festa foi apresentada pelos diretores André Fischer e João Federici, que fizeram questão de ressaltar a pluralidade de atrações do festival, que neste ano promoveu o 1º Mix Lab, encontro dos realizadores, o Crescendo com a Diversidade, com a maciça participação de crianças e adolescentes, que inclusive realizaram um vídeo sobre o festival, além de palestras e a apresentação de peças teatrais, shows musicais e a exibição de 114 filmes, de 26 países. André Fischer anunciou que no ano que vem será instituído novo prêmio, o Mix HIV, uma promoção em parceria com o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, para os melhores filmes com temática sobre HIV e Aids.
Prêmios
Para escolher os vencedores do festival há duas comissões julgadoras, uma para os longas (formada este ano por Desiree Buford, do Festival de São Francisco/EUA, e os produtores Diana Almeida e Gustavo Scofano) e outra para os curtas (formada pela portuguesa Ana David e os atores Murray Bartlett e Tuna Dwek). Os grandes vencedores do Coelho de Outro foram o longa-metragem Waiting for B., dos diretores Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel e o curta-metragem Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmos, de Gustavo Vinagre. Acompanhe a seguir a lista completa dos vencedores:
Coelho de Ouro
Melhor longa-metragem brasileiro:
Waiting for B., de Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel
Melhor curta-metragem brasileiro:
Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmos, de Gustavo Vinagre
Coelho de Prata
Prêmio do Júri- curta-metragem
Melhor direção:
Felipe Matzembacher e Marcio Reolon por O último dia antes de Zanzibar
Melhor roteiro:
Daniel Ribeiro e Rafael Lessa por Love snaps
Melhor interpretação:
Maria Alice Vergueiro, por Rosinha, de Gui Campos
Menção honrosa:
A Gis, de Thiago Carvalhaes
Prêmio do Júri- longa-metragem
Melhor direção:
Claudia Priscilla e Pedro Marques por A destruição de Bernardet
Melhor roteiro:
Carlos Juliano Barros e Maurício Monteiro Filho por Entre os homens de bem
Melhor interpretação:
Jean-Claude Bernardet, por A destruição de Bernardet
Menção honrosa:
Lampião da esquina, de Lívia Perez
Prêmio do público:
Melhor curta-metragem nacional:
A Gis de Thiago Carvalhaes
Melhor curta-metragem internacional:
Trouser Bar, de Kristen Bjorn
Melhor longa-metragem nacional:
Entre os homens de bem de Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros
Melhor longa-metragem internacional:
Strike a pose de Ester Gould e Reijer Zwag
Prêmios especiais:
Prêmio Susy Capó:
Para a peça Anatomia do fauno, direção de Marcelo D’Avila e Marcelo Denny
Prêmio Canal Brasil- curta-metragem:
Piscina de Leandro Godinho
Prêmio show do gongo:
O que não der na kombi, eu boto fogo de Rafael Menezes
Menção honrosa:
Como construir uma carreira de acrobata gospel de sucesso, de Gia Lactea
Prêmio Ida Feldman:
Murray Bartlett
É impressionante o alto nível das produções apresentadas neste ano no festival, apesar da grave crise econômica por que passa o país. E como muitos realizadores apontaram quando foram agradecer a premiação, o mundo passa por uma onda conservadora e preconceituosa. É justamente nestas horas difíceis que todos temos de nos fortalecer e juntos repudiar toda e qualquer atitude discriminatória e de intolerância. O Festival Mix Brasil da Cultura da Diversidade é o exemplo da força, da criatividade e do talento da comunidade LGBT. Que a próxima edição venha ainda mais participativa e inclusiva, mostrando o melhor da cultura da diversidade mundial.
Fotos: divulgação
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