De Maurício Mellone em novembro 23, 2020
Ontem chegou ao fim o 28º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade com o anúncio dos vencedores dos troféus Coelho de Ouro e Coelho de Prata, escolhidos pelo júri e pelo público. Como ocorreu durante todo o evento, a cerimônia de encerramento foi transmitida online: Josi Geller e André Fischer, que dirigem o Festival, estavam ao vivo no palco do Teatro Adoniran Barbosa, do Centro Cultural São Paulo, e os jurados e os premiados participaram por vídeo.
O filme Valentina, de Cássio Pereira dos Santos, foi premiado tanto pelo júri como pelo público como melhor longa-metragem brasileiro. Entre os curtas-metragens, o júri escolheu A Mordida, de Pedro Neves Marques, e o público premiou Letícia, Monte e Bonito,04, de Julia Regis. Além do cinema, o festival também distribuiu prêmios para peças teatrais e livros com temática LGBTQIA+, além de prêmios especiais, como do Canal Brasil e SescTV.
Assim como os grandes festivais de cinema do mundo, o Mix Brasil 2020 foi eminentemente digital, em função da pandemia da Covid-19. Só alguns eventos contaram com a presença de público; entretanto, segundo a direção do festival, o número de espectadores foi muito maior neste ano, tanto no Brasil como em diversos países, com destaque para Angola.
Depois da fala por vídeo de João Federici, diretor de programação de filmes do festival, André e Josi iniciaram o anúncio dos vencedores, primeiramente dos prêmios especiais. O Prêmio Ícone Mix foi para Márcia Pantera, já o Ida Feldman ficou para Roberto Polastri.
Para o Prêmio Suzy Capó, a vencedora foi a atriz Wallie Ruy, autora da peça Wonder vem pra barra pesada. O curta Lipsync for your life, de Glauber Rodrigues, venceu o troféu do Show do Gongo.
Para a literatura LGBTQIA+ foram entregues três prêmios: a menção honrosa para Cecília Floresta, autora do livro Panaceia; o prêmio Mix Literário ficou para Maria Freitas, com o livro Cartas para Luísa. E o Prêmio Caio Fernando Abreu, primeira vez a ser entregue, ficou para Bruno Coelho, autor de Alagoas Azul.
Dramática, setor do festival dedicado ao teatro, também escolheu três espetáculos: para o troféu Coelho de Ouro, do júri, a vencedora foi a peça O Armário Normando, de Janaína Leite. O troféu Coelho de Prata, do público ficou para Rainha, de Guilherme Gonzalez, solo de Sérgio Rufino; já a menção honrosa foi para Mini-bius, bils, bios, de Andreya Sá e Carlos Jordão.
Mesmo num ano tão atípico, o Festival apresentou 101 filmes de 24 países, entre documentários e filmes de ficção, com temática da diversidade; mas a pandemia também esteve entre os temas mais recorrentes dos filmes. O ponto ápice da cerimônia — a premiação para os longas e curtas-metragens, brasileiros e estrangeiros —, teve início, destacando três prêmios especiais: Prêmio Canal Brasil foi para o curta-metragem Inabitáveis, do diretor Anderson Bardot. Já o Prêmio SescTV ficou para o curta O que pode um corpo, dos diretores Victor Di Marco e Márcio Picoli. E pela primeira vez foi entregue o Prêmio Bolsa Ateliê Bucareste, para Júlia Leite, diretora de fotografia do curta Letícia, Monte Bonito, 04.
Acompanhe a seguir a lista completa dos vencedores em todas as categorias:
PRÊMIOS DO JÚRI
Coelho de Ouro:
Melhor longa-metragem brasileiro:
Valentina, de Cássio Pereira dos Santos
Melhor curta-metragem brasileiro:
A Mordida, de Pedro Neves Marques
Coelho de Prata / longas-metragens:
Direção:
Coraci Ruiz, por Limiar
Roteiro:
Cássio Pereira dos Santos, por Valentina
Interpretação:
Thiessa Woinbackk, por Valentina
Menção Honrosa:
Mães do Derick, de Dê Kelm
Coelho de Prata / curtas-metragens:
Direção:
Victor Di Mario e Márcio Picoli, por O que pode um corpo
Roteiro:
Matheus Farias e Enock Carvalho, por Inabitável
Interpretação:
Luciana Souza, por Inabitável
Menção Honrosa:
para a atriz Castiel Vitorino Brasileiro, de Inabitáveis
PRÊMIOS DO PÚBLICO
Coelho de Prata:
Melhor curta-metragem nacional:
Letícia, Monte Bonito,04, de Julia Regis
Melhor curta-metragem internacional:
Cauda de sereia/Espanha, de Alba Serra
Melhor longa-metragem nacional:
Valentina, de Cássio Pereira dos Santos
Melhor longa-metragem internacional:
Pequena garota/França, de Sébastien Lifshitz
PRÊMIOS ESPECIAIS
Prêmio Ícone Mix:
Márcia Pantera
Prêmio Suzy Capó:
Wallie Ruy, atriz e autora da peça Wonder vem pra barra pesada
Prêmio Ida Feldman:
Roberto Polastri
Prêmio Canal Brasil – curta-metragem:
Inabitáveis, de Anderson Bardot
Prêmio SescTV– curta-metragem:
O que pode um corpo, de Victor Di Marco e Márcio Picoli
Prêmio Bolsa Ateliê Bucareste:
Júlia Leite, pela fotografia de Letícia, Monte Bonito,04
Prêmio Show do Gongo:
Lipsync for your life, de Glauber Rodrigues
Prêmio Mix Literário:
Maria Freitas, por Cartas para Luísa
Menção Honrosa:
Cecília Floresta, por Panaceia
Prêmio Caio Fernando Abreu:
Bruno Coelho, por Alagoas Azul
Prêmio Dramática:
Coelho de Ouro/Júri:
O Armário Normando, de Janaína Leite e André Medeiros Martins
Coelho de Prata/Público:
Rainha, de Guilherme Gonzalez
Menção Honrosa:
Mini-bius, bils, bios, de Andreya Sá e Carlos Jordão
Fotos: divulgação
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