Aberto o 19ºFestival MixBrasil da Diversidade Sexual

De em novembro 11, 2011

Cartaz do evento

O tema do19ºFestival  MixBrasil da Diversidade Sexual é Diversidade para Todos e a vinheta de abertura é muito engraçada (confira no site http://www.mixbrasil.org.br/). A abertura do Festival, a cargo de Penelope Nova, aconteceu ontem no CineSESC, com casa lotada. Os diretores Andre Fischer e João Federici subiram ao palco para agradecer e fazer um resumo do evento; em seguida os representantes do SESC-SP e das secretarias de cultura da prefeitura e do Estado também saudaram o público.
A novidade da edição 2011 do MixBrasil é que além dos filmes de 32 países — só de longas são 84, sem contar os curtas nacionais e estrangeiros), o festival traz atrações de teatro, música e artes plásticas, que acontecerão até o dia 20 de novembro no CineSESC, Cine Olido, Espaço Unibanco-Augusta, MIS, Centro Cultural São Paulo e Teatro Sergio Cardoso, onde vai rolar o badalado Show do Gongo apresentado pela atriz Marisa Orth.

Tomboy da francesa Céline Sciamma abriu a festa

O filme que abriu o Festival foi Tomboy, da diretora francesa Céline Sciamma — reapresentação segunda, dia 14, às 20h no Espaço Unibanco Augusta—, que já faturou o Teddy Jury Award no Berlin International Film Festival e melhor filme no Torino International Gay & Lesbian Film Festival deste ano. Tomboy narra o drama da garotinha Laure de 10 anos que se faz passar por menino; ela até diz aos novos amigos do conjunto habitacional onde acaba de se mudar com a família que se chama Michael. Com delicadeza, a diretora foca a trama no cotidiano de Laure/Michael (que tem a irmãzinha de seis anos com cúmplice) e em suas brincadeiras com seus novos amigos, em especial Lisa que logo se interessa pelo novo vizinho.
Por mais que seja um tema delicado e de sofrimento intenso (a não identificação com seu corpo e sua identidade sexual), Sciamma optou realizar seu argumento de forma leve e descontraída, colocando o ponto de vista da/o garota/o (incrível interpretação da garotinha, que emociona e convence a todos que é mesmo um menino).

Longa nacional dirigido por Sabrina Rosa e Cavi Borges

Os diretores do Festival ressaltam que nesse ano houve recorde em inscrições nacionais, com destaque para os longas Teus Olhos Meus, do carioca Caio Soh e Vamos Fazer um Brinde, dirigido por Sabrina Rosa e Cavi Borges. Destaque também para produções italianas em homenagem ao ano da Itália no Brasil: são três documentários, 365 sem a 377 de Adele Tulli, Anjos no corredor da morte de Alessandro Golinelli e Rocco Bernini, e Augusta de Enzo Facente, além dos longas Diferente de Quem?,de Uberto Carteni, e Na boca do lobo de Pietro Marcello.

Longa do argentino Marco Berger)

Da Argentina, vale a pena conferir dois longas: Ausente (de Marco Berger) que narra o interesse do adolescente de 16 anos pelo professor e Cumbio (de Andrea Yannino) sobre uma jovem de 17 anos se tornou uma webcelebridade por seu confronto aos valores tradicionais.
Andre Fischer e João Federici fazem questão de ressaltar que o Festival nesse ano volta com toda a força para o Rio: “Depois de quatro anos presente no Rio com pequenas mostras, este ano o Festival volta à Cidade Maravilhosa com sessões espalhadas da zona sul à periferia e com programação em várias cidades no interior do Estado. Aproveite a extensa programação de filmes, peças, leituras dramáticas, shows, performances e exposições!”, conclamam os diretores do Festival MixBrasil.

Fotos: divulgação

 

 


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