Festival de Cinema Latino-Americano de SP: edição híbrida e gratuita

De em dezembro 6, 2021

Entre curtas e longas-metragens, serão exibidos 38 filmes de 12 países

 

 

Como vem ocorrendo com os eventos de cinema pelo mundo, o 16º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo  acontece de forma híbrida, com exibições presenciais e online. Com sessões gratuitas, serão apresentados 38 filmes, entre curtas e longas-metragens, de 12 países, alguns inéditos no Brasil.

 

A edição deste ano enfatiza o protagonismo feminino nas produções, tanto na direção como na atuação e nas demais funções (produção, fotografia, montagem). Dos filmes brasileiros, destaque para a estreia de Clarice Lispector – a descoberta do mundo, documentário de Taciana Oliveira sobre a escritora, que completaria 101 anos em 2021. O festival também presta uma homenagem à cineasta argentina Liliana Romero, com a exibição de suas recentes produções, e destaca ainda a produção contemporânea da Colômbia, com um recorte de filmes realizados e protagonizados por pessoas afrocolombianas.

 

 

 

Clarice Lispector – a descoberta do mundo, documentário de Taciana Oliveira

 

 

 

O destaque maior do evento é para as produções contemporâneas dos países latino-americanos e caribenhos, a maioria deles inéditos no país, no circuito comercial. Os filmes estarão disponíveis nas plataformas digitais Sesc Digital, Spcine Play e InnSaeitv e as sessões presenciais acontecem no Centro Cultural São Paulo e Spcine Roberto Santos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Abajures, de Paz Encina

 

Além do documentário da diretora pernambucana sobre Clarice Lispector, que traz registros e imagens pouco conhecidos da escritora, destaque para os documentários argentinos O Sonho da Montanha,  de Ailén Herradón, sobre os esforços de uma comunidade para conservar suas origens mapuches, e Anos curtos dias eternos, de Silvina Estévez, sobre a maternidade. Haverá ainda a exibição de Abajures, da cineasta Paz Encina, do Paraguai: ela regressa ao tema de todos os seus filmes, a memória histórica de seu país, em particular de uma das ditaduras mais longas e obscuras da América Latina, a de Alfredo Stroessner.

 

 

 

 

Carro Rei, de Renata Pinheiro

Produção brasileira

Os filmes nacionais da mostra evidenciam a pluralidade do cinema brasileiro. Dentre os exibidos, destaque para o documentário de Marcos Pimentel, Ossos da Saudade, o suspense As almas que dançam no escuro, de Marcos DeBrito e Desterro, de Maria Clara Escobar: histórias de mulheres que falam sobre a perda, a morte e a luta por ser, ao lado dos outros. O premiado Carro Rei, de Renata Pinheiro, também está no festival: um carro pode falar, ouvir e até se apaixonar; participação de Matheus Nachtergaele e Luciano Pedro Jr.

 

 

 

 

Desterro, de Maria Clara Escobar

 

O festival exibe também curtas-metragens, com ênfase para a produção dos últimos anos de cineastas brasileiras, com obras potentes, ousadas e questionadoras.

 

 

 

 

 

 

Rã , de de Ana Flávia Cavalcanti e Julia Zakia

 

Na sessão Contemporâneas no Curta, não deixe de assistir ao documentário Igual/Diferente/Ambas/Nenhuma, de Adriana Barbosa e Fernanda Pessoa e a ficção Menarca, de Lillah Halla, premiado no Festival de Toulouse/França como melhor cinelatino. Destaque ainda para , de Ana Flávia Cavalcanti e Julia Zakia: um encontro inusitado acaba em um churrasco improvisado e inesquecível.

 

 

 

 

 

Foco Colômbia

O homem Universal, documentário de Andrés Morales


Este ano o festival traz uma novidade, Foco Cinema Afro-Colombiano, com filmes produzidos, realizados e protagonizados por pessoas afrocolombianas; são histórias de realidades bem distintas do ponto de vista social, histórico e cultural. O Homem Universal, documentário de Andrés Morales reivindica a memória de Arnoldo Palacios (1924 – 2015), importante representante da literatura afro na Colômbia.

 

 

 

Marímbula, de Diana Kuéllar

Em exibição ainda Fullhd, de Catalina Navas e Carolina Torres, O Mal dos Sete Dias, de Victor Alfonso González Urrutía e Marímbula, de Diana Kuéllar, que retrata a aventura de dois jovens que viajam ao Senegal para resgatar suas origens históricas e culturais africanas.

 

O festival promove ainda uma série de encontros virtuais com nomes expressivos ligados à realização, produção e circulação de produtos audiovisuais latino-americanos. Acompanhe toda a programação no site oficial do festival.

 

 

 

 

 

Roteiro:
16º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. Mostra híbrida (presencial e online) e gratuita, de 10 a 17 de dezembro de 2021. Plataformas: Sesc Digital, Spcine Play e InnSaeitv; presencial: Circuito Spcine, Centro Cultural São Paulo. Acompanhe a programação no site: www.festlatinosp.com.br

 

 

 

Fotos: divulgação


2 Comentários

Dinah Sales de Oliveira

dezembro 8, 2021 @ 17:41

Resposta

Oi Maurício,
Bom saber deste festival. Estou longe das telas e por fora do que vem acontecendo no cinema.
Vou pelas suas dicas!

bjs,
Dinah

Maurício Mellone

dezembro 14, 2021 @ 14:05

Resposta

Dinah,
consegui assistir a um filme colombiano (Marímbula), muito bom!
beijos, saudades!

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