Mar Sonoro- um eco sem fim: conto do dramaturgo e ator Mário Goes

De em janeiro 3, 2023

Estreia na literatura: conto homoafetivo de Mário Goes

 

O dramaturgo, ator, diretor e bailarino Mário Goes lança seu primeiro livro, Mar Sonoro – um eco sem fim, em edição limitada, mas está disponível nos formatos e-book e áudio-book. Aos interessados em adquirir a obra basta acessar o Instagram do artista ((https://www.instagram.com/mariogoes9/).

 

O conto narra a história de amor entre dois rapazes: entre encontros, desencontros e reencontros eles vivem um romance, tendo como cúmplices o mar e a lua.

 

Goes espera lançar livro de poemas em 2023

 

 

 

 

 

A carreira de Mário Goes é mais conhecida do público por suas atuações como ator e bailarino, com sucessos no teatro como Atrium Carceri (em que foi premiado) e Benjamim, que ele interpretava um cão. Mas ele também dirigiu diversos espetáculos e é autor de 16 textos teatrais, alguns com indicações a prêmio. Mar Sonoro é seu primeiro livro e ainda neste ano ele promete tornar público seus poemas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

História homoafetiva
O conto dividido em seis partes/capítulos — O Encontro, Hiato, O (Re)encontro, Tempo, Sábado à noite e Domingo…segunda…terça…) narra a relação amorosa entre dois rapazes que se conhecem num verão na Bahia. Sem falar seus nomes, a atração é imediata, que o autor define de forma poética:

 

...nossos corpos se entrelaçaram e se encaixaram na mais perfeita ordem que nunca sentira antes, era um encontro de águas, como se fôssemos dois rios que desembocam no mar.
Você é laranja, eu sou amarelo e juntos somos verdes.

 

 

Nada convencional, eles resolvem não trocar dados pessoais e desta forma os encontros se dão de forma mágica e tecnológica graças aos “celulares inteligentes e aplicativos”, que mostram a localização exata de seus portadores. Assim há um movimento de idas e vindas entre eles ditadas pelo acaso, tendo o sol e a lua como cúmplices:

 

… tudo me fazia entender que estar ali era infinito, tudo gritava para nós nos amarmos, era um mar sonoro, era o mar sem fim. Nos amamos, nus, foi lindo!

 

 

Mário Goes em determinado momento da história cita um dado muito comum às obras que relatam relações homoafetivas, ou seja, sempre há dor, perda e sofrimento. O autor/personagem central deseja que aquela tenha outro desfecho. Com sutileza o leitor é conduzido a construir o próprio final daquele encontro amoroso.

Para ilustrar e complementar o conto, fiquem com o clipe de Maria Bethania, do show Dentro do mar tem rio, em que ela interpreta o poema Mar Sonoro, de Sérgio Ricardo e Sophia de Mello Breyner, e emenda com a canção Iemanjá Rainha do mar, de Pedro Amorim.

 

 

 

 

 


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