Abertura do 27º Festival Mix Brasil, foto 1

Festival Mix Brasil: cerimônia enxuta marca abertura do evento

De em novembro 14, 2019

Abertura do 27º Festival Mix Brasil, foto 1

Josi Geller e André Fischer apresentaram a cerimônia de abertura no Auditório do Ibirapuera

O Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer foi palco ontem à noite da cerimônia de abertura do 27º Festival Mix Brasil da Cultura da Diversidade. Sem discursos longos, de forma direta e enxuta, a festa contou com a presença de convidados e dos participantes diretos do evento, os cineastas, artistas e os profissionais que até o próximo dia 20 irão apresentar as diversas atividades culturais dedicadas à comunidade LGBTQI+.

 

A apresentação ficou a cargo dos diretores do festival André Fischer e Josi Geller, que fizeram um resumo de todas as atividades do evento. O diretor de programação de filmes João Federici, que hoje mora nos EUA, enviou um vídeo em que enfatizou a necessidade de resistência e persistência de todos na luta para manutenção “dos espaços já conquistados” e despediu-se desejando “vida longa ao Festival Mix Brasil”.

 

 

 

 

Abertura do 27º Festival Mix Brasil, foto 2

Persistir é o tema do evento deste ano

 

Ao relembrar o ano de dificuldades que o mundo das artes vem enfrentando no país em 2019 — ataques, tentativas de censura e principalmente cortes de verba aos eventos voltados à diversidade —, os diretores justificaram o tema do festival deste ano, Persistir! E enfatizaram: “Cultura não é turismo!”. Os aplausos foram intensos. Daí a importância ainda maior da realização do Mix Brasil 2019, que trará 110 filmes, de 26 países, sendo 56 produções brasileiras, entre curtas e longas-metragens.

 

 

 

 

 

 

 

Abertura do 27º Festival Mix Brasil, foto 3

Ed Moraes na peça Eu não sou Harvey

No resumo das inúmeras atividades, além dos filmes, os diretores lembraram que em Dramática em Cena serão apresentadas cinco peças inéditas. Na 5ª Conferência Mix Brasil serão 13 mesas que discutirão temas sobre feminismo, identidade, mercado e saúde LGBTQI+. Já para falar da segunda edição do Mix Literário, o coordenador Alexandre Rabelo disse que 80 autores de ficção, jornalismo e HQ irão participar dos 13 eventos, entre saraus e mesas de discussão, tudo acontecendo na Biblioteca Mário de Andrade . Haverá pela primeira vez a escolha do autor do ano, que levará um troféu.

 

 

 

 

 

 

Abertura do 27º Festival Mix Brasil, foto 4

Marina Percoraro, coordenadora do Games

 

 

 

 

 

A novidade do ano é que tanto as discussões da Conferência como as mesas do Mix Literário serão gravadas e disponibilizadas em podscats ao final do festival. Marina Percoraro, coordenadora do Games, subiu ao palco para contar sobre a reunião de desenvolvedores de jogos voltados para a comunidade LGBTQI+, que este ano terá como tema Saindo do Armário. Os diretores do festival ainda lembraram as várias atividades do Mix Music, com destaque para o show de Jup do Bairro, do Mix Lab SP Cine (profissionais da SPCine irão dialogar sobre o fomento de projetos audiovisuais na cidade) e do Crescendo com a Diversidade, oficina com crianças e adolescentes de escolas públicas, que irão criar um audiovisual.

Para os troféus Coelho de Ouro e Coelho de Prata, os jurados irão escolher os melhores de direção, roteiro e interpretação, tanto para os longas como para os curtas-metragens. Haverá ainda os escolhidos do público (que poderá votar com as tradicionais cédulas, mas também pelo App do festival), além dos prêmios especiais.

 

 

 

 

 

Abertura do 27º Festival Mix Brasil

Filme francês abriu o festival: Retrato de uma jovem em chamas

A cerimônia contou ainda com a participação de Gilson Parker, gerente do CineSESC e de Laís Bodanzky, presidente da SPCine. André e Josi, ao final agradeceram a pequena e eficiente equipe do festival, anunciaram a vinheta do festival, que neste ano é um curta, e por fim o longa-metragem Retrato de uma jovem em chamas, da diretora francesa Céline Sciamma, vencedor do melhor roteiro em Cannes/19.

A trama se passa em 1770, em que a pintora Marianne, vivida por Noémie Merlant, é contratada para fazer um retrato de casamento da jovem Héloïse, vivida por Adèle Haenel, que acabara de sair do convento. A jovem está indecisa quanto ao matrimônio e a pintora tem de fazer o quadro sem que Héloïse saiba. Com o passar do tempo elas se apaixonam perdidamente e o retrato é finalizado, para tristeza da artista.

 

O Festival Mix Brasil se estende até a próxima quarta-feira, dia 20/11, com todos os ingressos gratuitos. Acompanhe a programação completa pelo site: www.mixbrasil.org.br.

 

 

Fotos: divulgação


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